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ANIVERSÁRIO

Maldições e tensão nos bastidores: Os 45 anos do clássico do terror O Iluminado

DIVULGAÇÃO/WARNER BROS.

Jack Nicholson em O Iluminado (1980); clássico do terror completa 45 anos nesta sexta (23)

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VICTOR CIERRO VIEIRA

victor@noticiasdatv.com

Publicado em 23/5/2025 - 14h00

O Iluminado completa 45 anos nesta sexta-feira (23) como um dos filmes mais aclamados da história do terror. Dirigido por Stanley Kubrick (1928-1999), o longa se tornou um marco não só por suas imagens icônicas e por sua atmosfera sufocante, mas também pelas lendas que cercam seus bastidores. As tensões entre elenco e direção, as regravações exaustivas e as supostas maldições transformaram o horror em uma verdadeira obsessão para fãs e estudiosos do cinema.

A relação conturbada entre Kubrick e Shelley Duvall (1949-2024), intérprete de Wendy Torrance, é um dos pontos mais comentados até hoje. O diretor exigia múltiplas repetições de cenas e chegou a rodar a icônica sequência da escada mais de 120 vezes.

A atriz relatou anos depois que sofreu com queda de cabelo e crises emocionais durante as filmagens , descrevendo sua experiência como extremamente traumática.

Jack Nicholson também enfrentou um ambiente de pressão. Para dar vida ao enlouquecido Jack Torrance, o ator ficou isolado durante parte das filmagens e adotou uma dieta especial que aumentava sua irritabilidade.

Seu desempenho hipnótico é lembrado como um dos melhores do gênero, mas o processo foi intenso: ele escreveu páginas reais com a frase "all work and no play makes Jack a dull boy" (Só trabalho e nenhuma diversão fazem de Jack um garoto chato), usadas em uma cena emblemática do filme.

O ambiente de gravação também foi marcado por incidentes estranhos. Um incêndio destruiu parte dos estúdios da Elstree, na Inglaterra, interrompendo as filmagens durante dias. A equipe técnica também relatou problemas inexplicáveis com equipamentos, o que ajudou a criar a fama de que o filme estava "amaldiçoado". Até hoje, há quem acredite que forças sobrenaturais rondavam a produção.

Mesmo com todas as dificuldades, O Iluminado se consolidou como uma obra-prima do terror psicológico. Curiosamente, Stephen King, autor do livro que inspirou o filme, criticou duramente a adaptação, afirmando que ela distorcia o espírito original da história. Para ele, a frieza de Kubrick matou a essência emocional dos personagens, especialmente a do protagonista.

A despeito da opinião de King, o filme ganhou status cult e influenciou gerações. Sua estética foi homenageada em produções como Stranger Things, Os Simpsons e até em videoclipes.

O padrão do carpete do hotel Overlook, as gêmeas no corredor e a frase "Here’s Johnny!" (Aqui está Johhny!) são elementos eternizados na cultura pop. Em 2019, o universo foi revisitado em Doutor Sono, sequência estrelada por Ewan McGregor, que não repetiu o sucesso ou o apelo da obra original.

Quatro décadas e meia depois, O Iluminado ainda intriga e fascina o público. Seja pela tensão de seus bastidores ou pela força visual e narrativa da obra, o filme permanece como uma das experiências cinematográficas mais intensas já criadas --e, talvez, uma das mais assombradas também.

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