Investigações
Reprodução
Obra antiga na sede da Globo em São Paulo, na avenida Luís Carlos Berrini, zona sul da cidade
DANIEL CASTRO
Publicado em 14/11/2013 - 19h46
Atualizado em 16/11/2013 - 8h55
A Globo aparece em uma lista de 652 empresas que teriam supostamente se beneficiado do esquema que fraudava a arrecadação de ISS (Imposto sobre Serviços) na Prefeitura de São Paulo
Em 2011, a emissora teria obtido um habite-se (documento que comprova que determinada construção foi feita conforme as normas técnicas) de uma obra pagando apenas 50,51% do ISS que deveria. Não é muita coisa. A economia teria sido de pouco mais de 150 mil reais. O documento informa que a emissora teria pago R$ 158.893,39. A obra seria uma expansão de sua sede, no Brooklin, em São Paulo.
A lista faz parte dos processos da Controladoria Geral do Município e do Ministério Público Estadual que investigam a ação da chamada máfia do ISS. Essa quadrilha teria desviado cerca de 500 milhões de reais dos cofres da prefeitura. Ela fornecia o habite-se para construtoras sem que essas empresas recolhessem todo o ISS devido, de 5% sobre o valor da mão de obra empregada na obra.
A lista não quer dizer que a empresa está irregular ou que participou de fraude. Apenas uma das 652 empresas admitiu ter pago parte do imposto devido à máfia do ISS.
Em nota, a Globo negou qualquer irregularidade. Disse que “recolhe regularmente todos os impostos da Prefeitura de São Paulo incidentes sobre suas atividades passíveis de tributação”.
A emissora, curiosamente, vem obtendo e divulgando informações privilegiadas das investigações do Ministério Público.
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