Fenômeno entre as crianças, Teletubbies tinha fãs tarados e bastidores nojentos

Um dos principais fenômenos da TV infantil dos anos 1990 e 2000, os Teletubbies completam 25 anos nesta quinta-feira (6). Sucesso em mais de 120 países, o programa escondia bastidores nada recomendados para os pequenos: a intérprete de Laa-Laa era alvo de um fã tarado, e o "creminho gostoso" que alimentava os personagens era tudo, menos apetitoso.

As revelações foram feitas pela atriz Nikki Smedley em sua autobiografia, Over the Hills and Far Away: My Life as a Teletubby (Depois das Colinas e Bem Distante: Minha Vida como um Teletubby, em tradução livre). Na obra, a artista contou que recebia cartas de homens com conteúdo sexual e perturbador.

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Um remetente frequente se transformou em um perseguidor e chegou a assustar Nikki. Ele repetia insistentemente nas mensagens que gostaria de fazer sexo enquanto ela usava a fantasia da personagem amarela.

"Embora sempre fosse maravilhoso ler as cartas dos fãs, às vezes eu recebia algo mais sinistro", explicou a atriz. "Como quando eu descobri que tinha um perseguidor. Bem, mais precisamente, Laa-Laa tinha um perseguidor."

A atriz revelou que foi um grande choque ler as cartas "imundas", já que se tratava de um programa voltado para o público infantil. "Comecei a receber mensagens de um homem adulto que dizia que eu era uma Teletubby atrevida e me contava o que ele gostaria de fazer comigo --com o creminho gostoso. Eca!", escreveu Nikki no livro.

Para evitar problemas, ela alertou seus superiores que cuidavam do programa na britânica BBC. "Eu deixei os chefes avisado, caso eu tivesse algum fim horrível --e pegajoso. Mas, depois de alguns meses, as cartas pararam e ficou claro que eu não estava mais estrelando as fantasias do perseguidor."

Já o tal creminho gostoso que alimentava o fetiche do fã tarado trazia apenas pesadelos para a equipe de Teletubbies. No programa, os personagens se deliciavam com a substância rosa e pastosa, que deixava os telespectadores passando vontade. Mas de gostoso o creminho não tinha nada.

"Ele faria você vomitar", contou Nikki na autobiografia. "Era feito a partir de um pacote barato de purê de batata instantâneo, diluído até a consistência correta, e ficava rosa com corante."