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Record entra com recurso e adia suspensão de afiliada em Angola

Reprodução/Record TV Africa

Simeão Mundula no estúdio do JR Africa, telejornal da Record TV Africa

Simeão Mundula, apresentador da Record TV Africa; afiliada enfrente problemas com governo de Angola

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 20/4/2021 - 21h18

A Record TV Africa, afiliada da emissora de Edir Macedo sediada em Angola, divulgou uma nota oficial nesta terça-feira (20) indicando que entrou com recurso contra uma decisão do governo local por suspender as atividades da emissora. Com isso, o canal não deve sair do ar por enquanto.

Segundo o comunicado, foi feito um recurso hierárquico contra o anúncio feito pelo ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (Minttics) na segunda-feira (19): "Enquanto decorrer o período de apreciação do recurso, a referida decisão não deve ser executada nem produzir efeitos legais".

"Nosso canal se manterá em exibição enquanto decorrer a apreciação do referido recurso, sendo que nosso departamento jurídico já está em contato com a direção nacional de informação e comunicação institucional do Minttics para apurar, esclarecer e ultrapassar as supostas referidas irregularidades", conclui a nota.

No JR Africa exibido na noite desta terça (20), o apresentador Simeão Mundula não abordou diretamente o tema, mas destacou que a emissora deve ir ao ar normalmente amanhã, data em que se iniciaria a suspensão.  "Assim fechamos esta edição de terça-feira do JR Africa, foi um prazer. Nós voltamos amanhã, às 19h30, com mais notícias sobre África e o mundo", disse, no encerramento do telejornal.

A Multichoice, empresa de TV paga que disponibiliza o canal no país, porém, anunciou que deixará de exibir os canais a seus assinantes, alegando que "foi instruída pelo Inacom - Instituto Angolano das Telecomunicações - a suspender os canais Vida TV e Record TV Africa da sua plataforma".

"A Multichoice suspendeu estes canais temporariamente, com efeitos à 0h do dia 21 de abril, aguardando esclarecimentos por parte do órgão regulador para a resolução deste processo. Iremos notificar os nossos subscritores assim que tenhamos mais informações", concluiu.

Segundo informações divulgadas pelo canal público TPA na última segunda-feira (19), as atividades da Record deveriam ser suspensas a partir de 0h de quarta-feira (21), "até a sua regularização junto à direção nacional de informação e comunicação institucional". Jornalistas estrangeiros que trabalham na emissora também não poderiam mais trabalhar.

A principal questão que levou à suspensão por irregularidade se refere ao fato de o diretor-executivo da afiliada não ser um angolano, e sim um estrangeiro (brasileiro).

De acordo com o comunicado oficial, "a empresa Rede Record de Televisão Angola Limitada., que responde pela Record TV Africa, tem no exercício de função de diretor-executivo um cidadão não nacional" [o brasileiro Fernando Henrique Teixeira], e "os quadros estrangeiros da empresa que exercem atividade jornalística no país não se encontram creditados nem credenciados no centro de imprensa Aníbal de Melo".

Também seriam suspensos, no mesmo anúncio, os canais Zap Viva e Vida TV, além de algumas revistas e jornais. Em Angola, a Igreja Universal do Reino de Deus tem cerca de 500 mil fiéis. No ano passado, alguns pastores angolanos se indispuseram com a direção brasileira da instituição e se rebelaram, tomando parte das igrejas no país.

Desde 2017, a Igreja Universal na África tem sido comandada pelo bispo Honorilton Gonçalves, principal executivo da Record em sua fase de maior crescimento.

Confira abaixo as íntegras dos comunicados recentes divulgados pela Record TV Africa sobre a situação envolvendo a suspensão pelo governo angolano:


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