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MEMÓRIA DA TV

Primeiro líder da história do BBB quase saiu da casa para ser deportado

DIVULGAÇÃO

De camisa social amarela, Serginho olha para câmera

Serginho foi denunciado e quase foi deportado durante participação na 1ª edição do Big Brother Brasil

THELL DE CASTRO

Publicado em 23/1/2022 - 6h20

Uma bomba estourou nos primeiros dias da edição inicial do Big Brother Brasil, em 2002. Primeiro líder da história do reality show da Globo, Antônio Sérgio Tavares Campos, o Serginho, estava em situação ilegal no país e, por pouco, não teve que abandonar a competição e voltar para sua cidade natal.

No dia 4 de fevereiro de 2002, agentes da Polícia Federal foram ao Projac (atual Estúdios Globo), para notificar o cabeleireiro franco-angolano. Ele foi autuado e notificado para que deixasse o Brasil em, no máximo, oito dias. Caso contrário, seria deportado.

De acordo com Alcyr Vidal, delegado da PF, ele estava em situação irregular desde dezembro de 2001, quando foi rescindido seu contrato com a empresa onde trabalhava.

Após muitas especulações, a produção do BBB convocou Serginho, como era chamado pelos companheiros, ao confessionário no dia 8 de fevereiro e informou que ele poderia ficar mais seis meses no Brasil.

Seus advogados, Silvia Regina Henriques e José Carlos Nogueira, conseguiram uma liminar que garantia a permanência dele no país até o fim do processo administrativo da Polícia Federal.

"Entramos com um pedido de habeas corpus. A juíza nos concedeu liminar e expediu ofício para a Polícia Federal, solicitando mais informações sobre o caso", disse Silvia ao jornal O Globo, na época.

Após receber a boa notícia, Sérgio comemorou com os outros confinados, estourando um champanhe na varanda. "O cantor André deu um abraço no cabeleireiro e o dançarino Kléber comentou que a partir daquele momento seria só festa na casa", continuou a reportagem.

No BBB pioneiro, além de ser o primeiro líder, Serginho teve um romance com Vanessa. Ele foi o nono eliminado do programa, em 31 de março de 2002, pouco antes da final, vencida por Kleber Bambam.

Chegou a ficar escondido

Dezenove anos após o programa, Serginho continua no Brasil, onde tem um salão de beleza desde 2005. Em entrevistas, ele disse que costuma ser reconhecido por causa do BBB até os dias de hoje.

No entanto, ele contou ao jornal O Globo, em 2019, que não foi fácil resolver sua situação. "Cheguei a ficar escondido na casa de amigos. Foi uma situação muito chata e sem cabimento. Infelizmente, algumas pessoas se aproveitaram da minha exposição na mídia para tentar aparecer. Mas isso é passado. Hoje, são apenas tristes memórias", explicou.

Boninho, diretor do BBB, contou à revista Playboy de maio de 2002 que sabia quem fez a denúncia contra Serginho. "Nada estava previsto. Quando recebemos a notificação, chamamos os advogados dele e o nosso departamento jurídico para analisar o caso e conseguimos esticar a permanência dele no país", explicou.

"Não seríamos loucos de colocar o Sérgio lá para ele enfrentar a ameaça de deportação para levantar a audiência. E mais: eu sei quem foi que dedurou", completou.

Perguntado sobre quem teria feito a denúncia, ele respondeu. "Um repórter de um grande jornal de São Paulo. Descobri na Polícia Federal que foi uma denúncia", enfatizou. "Só sei que ele foi pesquisar a situação do Sérgio, descobriu o problema e avisou a polícia. E o Serginho estava mesmo em situação irregular. Ele não sabia, a gente não sabia. Achamos que o passaporte português fosse suficiente, o colocamos na casa, e o bicho pegou", concluiu.


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