CHEFÃO EXPLICA
DIVULGAÇÃO/TV GLOBO

Amauri Soares; para "chefão" da Globo, tradição e a inovação podem caminhar de mãos dadas
A comemoração do aniversário de 30 anos dos Estúdios Globo na última quinta-feira (2) foi marcado por uma aparente dualidade: de um lado, uma homenagem (mais do que justa) aos medalhões da emissora, de Walcyr Carrasco a Tony Ramos. Do outro, debates sobre inteligência artificial e novos formatos da dramaturgia. Entretanto, segundo Amauri Soares, a tradição e a inovação podem caminhar de mãos dadas.
O diretor-geral dos Estúdios Globo abriu o painel sobre Tecnologia e Inovação destinado à imprensa e comentou sobre a estratégia da emissora em entrar para o mercado de novelas verticais. Ou, como prefere chamar, microdramas. O primeiro lançamento será Tudo por Uma Segunda Chance, estrelado por Jade Picon.
O executivo afirmou que o investimento faz parte de um ciclo maior de diversificação. "Nós estamos produzindo a dramaturgia, longa, novela... a gente segue produzindo a dramaturgia mais curta, que são as séries. Nós começamos a produzir microdramas. Nós estamos produzindo novela na vertical para consumo no celular e a gente tá produzindo humor, musicais, auditório, reality, variedades, talk show", enumerou.
Segundo ele, a estratégia busca preparar a emissora para atender a diferentes demandas, seja do Globoplay, da TV aberta, de canais pagos ou até mesmo das redes sociais:
Nós ampliamos a nossa diversidade de gêneros narrativos. Nos preparamos para produzir conteúdos para as nossas plataformas em todos os gêneros que elas quiserem, que elas precisarem. Para qualquer demanda, nós estamos prontos. Esse é o momento de expansão da diversidade de gêneros narrativos, e também expansão de diversidade de formatos
A iniciativa dos microdramas segue uma tendência global que ganhou força em plataformas como o TikTok e chegou ao Brasil pelas mãos de empresas chinesas, como a ReelShort, que emplacou A Vida Secreta do Meu Marido Bilionário. A produção ultrapassou 250 milhões de visualizações em menos de um mês, mostrando o apetite do público por narrativas curtas e adaptadas à linguagem mobile.
Contudo, a visão da Globo para expansão inclui também o cinema. Segundo Amauri Soares, em 2024 os Estúdios Globo produziram três longas; em 2025, o número deve chegar a dez, com outros 11 já em andamento para o ano seguinte. Além disso, a emissora tem apostado em coproduções regionais.
"Estamos produzindo telefilmes para os canais, para a TV Globo, Globoplay e filmes que vão para o cinema também. Estamos atentos a todos os demais formatos de conteúdo audiovisual", disse.
A estratégia regional, segundo o executivo, não é apenas quantitativa, mas simbólica. Para ampliar repertórios e sotaques, a previsão é rodar dez produções em cidades como Belém, Porto Alegre, Natal e João Pessoa. "É diversidade de gênero narrativo, é diversidade de formato, é diversidade regional", reforçou.
"É muito importante contar histórias que vêm de diferentes locais do Brasil. Esses filmes tem um enorme significado para a gente. Performam muito bem na grade da TV Globo, porque a gente sabe que o brasileiro adora histórias brasileiras. E nós somos a casa das histórias brasileiras", completou.
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