DESAFIOS
REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Carla Marins em entrevista ao É de Casa; atriz relembrou momentos difíceis após História de Amor
Intérprete de Joyce em História de Amor, Carla Marins relembrou alguns momentos difíceis que passou quando a novela foi ao ar pela primeira vez em 1995. A atriz, que fazia uma personagem odiada pelo público, enfrentava momentos de raiva dos telespectadores na rua e, logo depois de terminar as filmagens, precisou lidar com a morte de seu pai após um assalto.
Em entrevista ao É de Casa, a intérprete afirmou que até hoje as pessoas não sabem separar muito bem o personagem do ator, e se empolgam na hora de xingar Joyce. "Nas minhas redes sociais é amor e ódio. Eu acho que eu ganhei o ranking das filhas da Helena mais difíceis...", brincou a atriz.
"As atrizes que eram mães na época falavam: 'eu falo para a minha filha ver e não ser como a Joyce'", disparou.
Na época em que filmou o folhetim escrito por Manoel Carlos, ela tinha 27 anos, e interpretava uma adolescente de 17. "Eu engordei um pouquinho, porque ela estava grávida, era uma adolescente de 17 anos. Enrolei o cabelinho a la Shirley Temple [1928-2014]. Era um desafio", relembrou.
"Eu tinha medo, né? Será que vão comprar essa adolescente, e eu com quase 30 anos? Mas o texto de Manoel Carlos era perfeito, eu não tinha trabalho. Era só eu reproduzir, me jogar. E a gente se jogava muito", elogiou.
Na época, além da intensidade da personagem, ela precisou lidar com uma das maiores dores de sua vida logo depois de finalizar as gravações. Aos 64 anos, seu pai foi morto a pauladas após sofrer um assalto na própria casa.
"Eu fiquei, lógico, muito abalada", relembrou ela. Para sair da situação difícil, ela aceitou o convite para entrar para o elenco de Tropicaliente (1994). Apesar de a novela ter sido exibida antes do atual folhetim do Vale a Pena Ver de Novo, ela foi gravada depois.
"O Paulo Ubiratan [diretor da novela] sabia que era um momento delicado, me consultou se eu estava disponível energeticamente e emocionalmente para isso. O trabalho ajuda a gente, ele deixa a gente no presente. Foi muito importante fazer um trabalho tão solar no meio da natureza, que é Fortaleza, que eu amo. Foi regenerador", apontou.
Para ela, tem sido especial conseguir rever suas antigas personagens e entender como elas ainda têm impacto no público. "A Joyce esbarra em mim, mesmo eu não querendo. Mas é muito legal. E o impacto, né? Como atravessa gerações esse personagem, essa obra. Manoel Carlos, incrível. Tão atual com essas questões de gravidez na adolescência, relação entre mãe e filha, e a toxicidade da relação entre Caio [Ângelo Paes Leme] e Joyce", pontuou.
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