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ALEXANDRE BORGES

Novo comentarista da CNN foi marqueteiro de Bolsonaro, Witzel e Russomanno

REPRODUÇÃO/CNN BRASIL

Alexandre Borges com as mãos erguidas, vestindo um terno escuro e camisa azul, dentro do estúdio da CNN Brasil

Alexandre Borges no CNN 360°; comentarista ajudou a família Bolsonaro em campanhas eleitorais

Recém-contratado pela CNN Brasil, o analista Alexandre Borges tem uma biografia curiosa: é um especialista em marketing político e trabalhou intensamente nas campanhas de Celso Russomanno, Wilson Witzel e Flávio Bolsonaro --de quem é amigo pessoal.

Borges foi a pessoa responsável por fazer Flávio Bolsonaro (Patriota) ganhar projeção nas eleições para a prefeitura do Rio de Janeiro em 2016. No fatídico dia do desmaio do filho do presidente da República durante o debate na Band, o marqueteiro já estava envolvido no campanha, e classificou o episódio como importante para ajudar a "humanizar" o senador.

Ele também foi a mente por trás do sucesso de Celso Russomanno (PRB) nas eleições à prefeitura de São Paulo em 2012. Nos primeiros meses, ele liderava com larga vantagem as pesquisas, mas foi derretendo na reta final após as revelações de escândalos pessoais do atual repórter da Record.

Seu último trabalho como marqueteiro político foi a campanha de Wilson Witzel (PSC), eleito governador do Rio de Janeiro em 2018, que concorria pela primeira vez a um cargo político. Candidato do presidente Jair Bolsonaro, ele foi alvo da Operação Placebo, que identificou desvio de verbas públicas. Em 30 de abril deste ano, seu impeachment foi aprovado e ele teve o mandato cassado.

Tudo às claras

Embora Alexandre Borges ainda seja muito próximo à família Bolsonaro, até o momento ele não tem usado seu espaço na CNN Brasil para fazer panfletagem política, como fazem Alexandre Garcia e Caio Coppolla.

Em recente participação no CNN 360°, ele abriu parte de sua biografia para o público e para a apresentadora Daniela Lima, que já foi xingada de "quadrúpede" por Jair Bolsonaro. E ainda revelou detalhes do trabalho estratégico feito na campanha de 2018, que acabou elegendo o atual presidente da República.

"O grande ativo dessa diversidade que a CNN tem contemplado, para nós que fazemos o trabalho da notícia de uma maneira diferente, é interessante demais ter a possibilidade de ouvir alguém que trabalhou tão perto, e que durante um período tão importante esteve praticamente junto, dentro do 'QG' da família Bolsonaro", disse Daniela no programa de quinta-feira (15), introduzindo o colega recém-contratado.

Jair Bolsonaro deitado na cama hospitalar (Reprodução/Twitter)

A apresentadora o questionou sobre a divulgação da imagem de Jair Bolsonaro deitado em uma cama hospitalar, com o corpo parcialmente desnudo, momentos antes de ser submetido aos procedimentos médicos para reparar as complicações que o fizeram ser intubado.

Para Borges, a imagem só foi divulgada pelos interlocutores do presidente para sensibilizar os eleitores que ele pretende reconquistar na campanha de 2022, quando tentará se reeleger.

"Em 2018 ele teve o atentado em 6 de setembro, em que ali houve uma virada e foi visto como uma pessoa mais humana. E suas intenções de votos entre as mulheres pularam de 13% para 26%. E essas imagens dele doente ou antes de uma cirurgia, é um voto que é considerado pelo núcleo duro da campanha algo que toca o coração ou do voto feminino ou dos mais fervorosos, religiosos, que acham que ele é um ungido de Deus e que tem uma missão messiânica na política", explicou.


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