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BOSSA NOSSA

Nos 95 anos de Tom Jobim, especial cria dor de cabeça para diretor; entenda

REPRODUÇÃO/ANA LONTRA JOBIM/INSTAGRAM

Tom Jobim segura o violão e olha para a câmera em foto de sua mulher, Ana Lontra Jobim, compartilhada no Instagram

Tom Jobim completaria 95 anos nesta terça; especial do Film&Arts resgata sucessos e histórias

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 25/1/2022 - 6h35

Se estivesse vivo, Tom Jobim (1927-1994) completaria 95 anos nesta terça-feira (25). A data é celebrada com um episódio especial da série Bossa Nossa --que estreia oficialmente em 6 de fevereiro-- totalmente focado na obra e na história do maestro. Mas a produção virou uma dor de cabeça (da melhor maneira possível) para Alex Moreira, diretor musical da atração. Ele teve de resumir a discografia de um gênio para um programa de 30 minutos.

"É uma tarefa impossível! (risos) O Tom foi o compositor maior, o maestro da bossa nova, teve a visão de fazer a música certa no momento certo", conta Moreira em conversa com o Notícias da TV.

Para alívio do produtor indicado ao Grammy Latino, a participação da obra de Jobim em Bossa Nossa vai além do especial sobre ele. Suas composições também vão aparecer nos outros 12 episódios. "Fazer algo de bossa nova e não ter nada de Tom Jobim seria uma missão muito difícil", reconhece. 

No capítulo sobre o eterno parceiro de Vinicius de Moraes (1913-1980), artistas como Roberto Menescal, Toni Garrido, Kay Lira, Maurício Maestro e Cris Delanno cantam sucessos do compositor e contam histórias que viveram com ele ou por causa dele.

"Escolher música de Tom é difícil, porque não existe canção ruim. A gente está precisando de arte, de valorizar brasileiros que dão orgulho de a gente dizer que nasceu aqui", explica Cris Delanno, que se apresenta ao lado de Menescal no especial. "E não digo isso de uma maneira elitista, porque o samba e o funk também entram nesta lista com muita propriedade."

divulgação/film&Arts

Cris e Roberto Menescal em Bossa Nossa

Cris nasceu nos Estados Unidos, mas com pai baiano e mãe do Rio de Janeiro, ela se autodefine como carioca nascida no Texas. A cantora se tornou um dos expoentes da bossa nova neste milênio --e chegou a adaptar hits de Michael Jackson (1958-2009) para o gênero musical no álbum Michael in Bossa. Com essa visão, ela se surpreende com o quanto o ritmo tomou o mundo.

"É uma coisa incrível, eu tenho uma amiga que mora no Japão e lá toca muita bossa nova. Fiz um show no Kuwait, fui ao shopping lá e estava tocando bossa nova. Virou uma música que é muito brasileira, mas do mundo. Frank Sinatra [1915-1998] gravou muitos discos, mas o único que ele fez inteiro dedicado a um compositor só foi sobre o Tom, levou a música brasileira para um lugar que ela nunca tinha ido. O clássico é moderno para sempre", valoriza a cantora.

Alex Moreira concorda com Cris sobre a contemporaneidade do ritmo. "A bossa nova é recente, se pensar cronologicamente, ela é mais jovem do que o rock. E continua com frescor, bonita, sensual, é o jazz brasileiro. Acho natural que se recicle, que venham novos nomes, mas é uma música que faz parte da nossa história, do nosso inconsciente coletivo. Nada mais natural e pertinente do que fazer essa homenagem", justifica.

O diretor musical ainda rebate qualquer complexo de vira-lata com o destaque para a bossa nova. "Temos que valorizar o que o Brasil tem de bom. Precisamos aprender a fazer isso, em qualquer área, não só na música. Porque isso é que vai transformar o país em algo melhor."

A cultura é uma mola motriz do enriquecimento de um povo. Um povo sem cultura é inexistente, invisível. A nossa intenção é propagar a cultura, o que temos de mais legal. Um dia nós já tivemos uma bandeira que era nossa e que dava orgulho de carregar para o resto do mundo. Precisamos recuperar isso.

O especial sobre Tom Jobim vai ao ar nesta terça-feira (25), às 20h30, no canal pago Film&Arts. Os outros 12 episódios serão exibidos todos os domingos, a partir de 6 de fevereiro, às 21h30, com reprises às terças, 20h30.


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