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APÓS SUSPENSÃO

Jimmy Kimmel volta ao ar, esclarece falas sobre Charlie Kirk e provoca Trump

REPRODUÇÃO/ABC

Jimmy Kimmel ao vivo pela primeira vez após suspensão, em seu cenário tradicional, usando terno

Jimmy Kimmel ao vivo após suspensão; apresentador esclareceu comentários sobre Charlie Kirk

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 24/9/2025 - 10h01

Jimmy Kimmel retornou à TV na noite de terça (23) após a suspensão por ter feito piadas sobre Tyler Robinson, suspeito de ter assassinado o influencer trumpista Charlie Kirk (1993-2025). O apresentador foi ovacionado ao voltar aos estúdios, esclareceu os comentários sobre a morte do ativista e ainda deixou Donald Trump irritado.

No tradicional monólogo de abertura da atração do canal ABC, Kimmel abordou as falas que levaram ao cancelamento temporário do Jimmy Kimmel Live!.

"Vocês entendem que nunca foi minha intenção zombar do assassinato de um jovem. Não acho que haja nada de engraçado nisso", afirmou à plateia, visivelmente emocionado.

"Eu entendo que, para alguns, isso pareceu inoportuno ou pouco claro, ou talvez ambos, e para aqueles que acham que eu apontei o dedo, eu entendo por que estão chateados", acrescentou.

"Nem foi minha intenção culpar qualquer grupo específico pelas ações de um indivíduo obviamente profundamente perturbado. Isso era o oposto do que eu estava tentando dizer", ponderou o apresentador.

"Eu não acho que o assassino do Charlie Kirk representa alguém. Ele é uma pessoa doente que acredita que violência é uma solução. E nunca é", comentou ele, antes de falar sobre liberdade de expressão.

Esse programa não é importante. O importante é que vivemos em um país em que esse show pode existir.

Kimmel teceu críticas à Disney, dona da ABC, por tirar seu programa do ar, mas reconheceu que a empresa defendeu sua liberdade de expressão posteriormente. O comunicador também zombou de Donald Trump, o atual presidente dos Estados Unidos.

"O presidente dos Estados Unidos deixou bem claro que quer que eu e as centenas de pessoas que trabalham aqui sejamos demitidos. Nosso líder celebra os americanos que perdem seus meios de subsistência porque ele não aceita brincadeiras", disparou ele.

O retorno, entretanto, não assegurou a transmissão da atração em todo o país. Afiliadas da ABC de duas companhias diferentes anunciaram que não vão deixar que o talk show volte ao ar, apoiando o boicote de Trump.

Em sua rede social Truth Social, Trump detonou a Disney por ter permitido que o programa de Kimmel voltasse ao ar. "Não acredito que a ABC Fake News devolveu o emprego ao Jimmy Kimmel. A Casa Branca foi informada pela ABC de que o programa dele tinha sido cancelado! Algo aconteceu entre então e agora, porque a audiência dele sumiu, e seu 'talento' nunca existiu", reclamou o político.

O que havia acontecido com Kimmel?

Na segunda-feira passada (15), no tradicional monólogo que abre todas as edições da atração, Kimmel falou que o homem identificado como assassino de Kirk, Tyler Robinson, seguiria os ideias do grupo Maga (Make America Great Again, ou Faça os Estados Unidos Serem Grandes Novamente, em tradução livre), formado por apoiadores de Donald Trump.

Ou seja, a morte de Kirk seria um "trabalho interno", e não um crime provocado pelos rivais democratas. "Atingimos um novo fundo do poço no fim de semana, com a gangue Maga tentando caracterizar esse garoto que matou Charlie Kirk como qualquer coisa exceto um deles. Agora, eles estão tentando de tudo para conseguir pontos políticos com isso", alfinetou ele.

A fala, entretanto, gerou uma repercussão negativa. Na quarta da semana passada (17), a ABC anunciou que o talk show ficaria fora do ar "por tempo indeterminado".

A medida ocorreu após a Nexstar Media, uma das maiores proprietárias de estações de televisão nos Estados Unidos, informar que interromperia as transmissões do programa em todas as suas afiliadas e retransmissoras --são mais de 200 espalhadas por todo o país.


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