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MENINA DE 11 ANOS

Huck encerra o Domingão com repúdio a juíza que tentou impedir aborto: 'Tortura'

REPRODUÇÃO/GLOBOPLAY

Luciano Huck no palco do Domingão com Huck, da Globo

Luciano Huck lamenta caso de juíza que impediu aborto de menina de 11 anos e destaca repúdio

IGRAÍNNE MARQUES E ODARA GALLO

Publicado em 26/6/2022 - 21h13

Luciano Huck encerrou o programa deste domingo (26) com uma mensagem de repúdio à juíza que tentou impedir o aborto de uma menina de 11 anos no sul do país. A criança havia procurado um hospital acompanhada pela mãe após ser estuprada. O caso veio a público e gerou revolta. "Tortura", definiu o apresentador do Domingão.

"Meu repúdio à tortura a que a juíza de Santa Catarina submeteu uma menina como a gente viu essa semana que passou. Uma criança de 11 anos grávida --fruto de um estupro. Não estou aqui pra propor uma discussão sobre o aborto, não estou, não quero falar de ideologia, religião, quero falar da lei brasileira que garante o direito de interromper uma gravidez como essa", afirmou o comunicador. 

"Como que alguém, que tá ali pra proteger, pergunta para uma criança se ela aguentaria ficar mais um pouquinho, se ela não quer escolher um nome... Como assim? Que mundo que a gente está?", lamentou Huck.

"Parece que no Brasil as violências estão se acumulando, se amontoando, a linha do que é aceitável, do que é digno vai sendo empurrada pra mais longe.
Semana após semana a gente está tendo que enfrentar o lado mais sombrio da nossa sociedade, e não é esse o país que a gente sonha", questionou o apresentador. "Vamos deixar claro: criança não é mãe", finalizou.

Entenda o caso

A situação da menina de 11 anos veio à tona após uma reportagem das jornalistas Paula Guimarães, Bruna de Lara e Tatiana Dias no Portal Catarinas e no The Intercept Brasil. A juíza em questão, Joana Ribeiro Zimmer, entrou na pauta quando a equipe médica do hospital procurado pela vítima judicializou o caso, uma vez que a lei não permite abortos, nem em caso de estupro, quando a gravidez está avançada. 

Em reação, a juíza não apenas negou a interrupção da gestação da menina como a separou da mãe, sob o pretexto de que a matriarca poderia gerar algum risco ao bebê, forçando a filha a abortá-lo. Assim, a criança de 11 anos foi encaminhada para um abrigo. 

Recentemente, em maio, Joana Zimmer teria questionado a menina sobre a possibilidade de ela "aguentar" mais um pouco a gravidez, a fim de levar a gestação até o final. "Você suportaria ficar mais um pouquinho? A gente tem 30 mil casais que querem o bebê, que aceitam o bebê", indagou.

A juíza chegou a ser afastada do caso. Em nota, ela se defendeu: "Sobre o caso levantado pelo Portal Catarinas, a juíza informa que não se manifestará sobre trechos da referida audiência, que foram vazados de forma criminosa. Não só por se tratar de um caso que tramita em segredo de Justiça, mas, sobretudo para garantir a devida proteção integral à criança".


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