NOVOS VOOS
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Glenda Kozlowski abriu o jogo sobre sua saída da Globo no Programa Flávio Ricco
Glenda Kozlowski pegou muita gente de surpresa ao anunciar que havia pedido demissão da Globo em outubro de 2019, após 27 anos de serviços prestados à emissora. Seis anos depois, ela decidiu explicar por que entendeu que precisava sair da líder de audiência para buscar novos voos. "Já tinha feito de tudo ali dentro", justificou.
"Eu não tenho nada contra a Globo, mas os meus objetivos profissionais não cabiam mais ali. Foram anos e anos no Esporte Espetacular, muito tempo. Aí fui para o Globo Esporte, fiz Carnaval, fiz o Hipertensão [2010-2011], o reality, durante dois anos, com o Boninho e toda a equipe dele, que é maravilhosa, eu amo de paixão", apontou ela durante o Programa Flávio Ricco desta terça (13).
A apresentadora admitiu que a decisão não foi fácil e que muitos à sua volta não entenderam por que ela resolveu sair. "Pegou muita gente de surpresa, eu acho que as pessoas não esperavam. E foi difícil [pedir demissão], muito difícil! Isso ficou na minha cabeça durante um ano, um ano e meio", lembrou.
"Isso porque eu entrei no Grupo Globo com 17 anos, em 1992, e saí em 2019. Foram 27 anos. A minha vida era ali dentro, e eu tinha um laço forte com a Globo, porque eles sempre cobriram muito o bodyboard, então eu dava entrevistas, eu ia no Esporte Espetacular dar entrevista na época em que era apresentado pelo Fernando Vanucci e pela Mylena [Ciribelli]", ressaltou.
Uma das vontades de Glenda era explorar a questão das publicidades online, algo que a Globo proíbe seus jornalistas de fazerem. "[Mas] A minha saída da Globo foi porque eu queria fazer outras coisas. Eu queria entender essa questão das redes sociais, que na época não eram o que são hoje, e não podia", explicou a jornalista, atualmente na Band.
"Eu queria fazer mais, eu queria entender de redes sociais. Queria explorar, obviamente, as marcas. Eu comecei a descobrir uma mulher de negócios, que pensa em estratégia, que pensa em negócio, que desenvolve negócios dentro do esporte", contou ela.
Na conversa com Flávio Ricco, Glenda ainda confessou que entrou para o jornalismo esportivo por acaso, pois o sonho dela era ser atriz. "Na minha adolescência, sempre gostei muito de televisão. Adorava novelas! Não me lembro de ter um ídolo, mas eu olhava para a televisão e pensava: 'Eu quero estar lá, quero fazer isso'", compartilhou.
"Eu queria ser atriz, mas na época era menor de idade. Fui chamada para fazer um piloto de uma minissérie da TV Globo, Sex Appeal [1993] --aquela que lançou a Luana Piovani-- e, na mesma semana, me convidaram para apresentar um programa esportivo no antigo [canal] Top Sport, que depois virou o Sportv. Isso foi em 1992", lembrou Glenda.
"Como eu era menor [de idade], precisava de autorização dos meus pais para fazer a minissérie, e minha mãe disse: 'Eu não vou autorizar'. Tinha umas cenas de nu lateral [na minissérie], umas coisas assim, e ela não concordou -- mesmo antes de saber se eu passaria no teste ou não. A TV Globo deve ter esse teste guardado até hoje… Espero que nunca apareça (risos)!", brincou ela.
Sem poder atuar em Sex Appeal, Glenda aceitou o convite para apresentar o 360 Graus, do Sportv. O programa mudou sua vida para sempre. "E aí eu agarrei essa oportunidade para ser apresentadora de um programa esportivo, que é uma área em que eu me sinto muito à vontade, porque eu tinha acabado de me tornar tetracampeã do mundo no ano anterior, e eu fiquei apaixonada, porque eu me sentia muito à vontade naquele universo esportivo", ressaltou.
"Passei boa parte da adolescência fazendo aulas de dança, canto, teatro, porque eu queria isso. E, no meio do caminho, tudo mudou. A gente não manda em nada na nossa vida, né? Como pode?", cravou a jornalista.
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