Jon Bokenkamp diz que A Última Fronteira é 'romântica e brutal ao mesmo tempo'

Criador do fenômeno The Blacklist (2013-2023), o showrunner Jon Bokenkamp trocou o universo sombrio do FBI por um cenário de gelo, isolamento e sobrevivência em A Última Fronteira, nova série da Apple TV estrelada por Jason Clarke. Em entrevista exclusiva ao Notícias da TV, o roteirista definiu a produção como "romântica e brutal ao mesmo tempo" --um equilíbrio entre ação intensa e momentos de profunda solidão.

A trama acompanha Frank Remnick (Clarke), um xerife que vive uma rotina pacata no Alasca até o dia em que um avião cai e liberta dezenas de prisioneiros perigosos. "A história começou quase como uma imagem: um acidente, fugitivos soltos e uma grande caçada. Mas logo passou a ser sobre o que isso significa para Frank --para o homem, para o pai e para o marido", explica Bokenkamp.

O cenário gelado de Fairbanks, no Alasca, foi escolhido não só pela beleza, mas pelo contraste com a vida tranquila do protagonista. "É um ambiente lindo, mas extremamente hostil. Colocar esse homem comum nesse caos cria um contraste poderoso. Frank não é um herói clássico, é um sujeito falho, cheio de dilemas", afirmou o criador.

DÉBORA FERNANDA

Atriz de Tremembé revela medo real durante gravações e foto que mudou tudo

NOVOS EPISÓDIOS

Netflix renova Os Donos do Jogo para segunda temporada após sucesso mundial

Além dos fugitivos, o maior inimigo dos personagens é a própria natureza. "As condições eram absurdas: 20 graus abaixo de zero, ventos fortes, neve até o joelho. Era impossível não transformar a paisagem em um personagem da história", contou.

Apesar do clima frio, Bokenkamp acredita que a série pode conquistar públicos de países tropicais como o Brasil:

Talvez o Alasca pareça exótico, mas a história é universal. Fala sobre isolamento, comunidade e a necessidade de confiar em pessoas que você nem sempre gosta. São temas que todo mundo entende.

Para o roteirista, A Última Fronteira é, acima de tudo, uma experiência emocional. "É uma série para escapar da rotina, desligar o mundo por uma hora e se deixar levar. Ela é romântica, mas também brutal --como a própria natureza", finaliza.