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PRODÍGIO DO XADREZ

Envolvente e intrigante: Por que O Gambito da Rainha é a nova sensação da Netflix

REPRODUÇÃO/NETFLIX

Anya Taylor-Joy olha para o lado com mão no cabelo em cena de jogo de xadrez como a protagonista Beth de O Gambito da Rainha

Anya Taylor-Joy em cena de jogo de xadrez como a protagonista Beth de O Gambito da Rainha, da Netflix

FERNANDA LOPES

fernanda@noticiasdatv.com

Publicado em 7/11/2020 - 7h00

O nome pode soar estranho: O Gambito da Rainha é uma expressão que remete a uma jogada numa partida de xadrez e não é tão popular no Brasil. Mas a minissérie que leva esse nome tem feito sucesso na Netflix. A atração retrata a história envolvente e intrigante de uma jovem que se torna uma enxadrista prodígio, ao mesmo tempo em que lida com questões emocionais e vícios.

A minissérie de sete episódios estreou em 23 de outubro e tem tido boas avaliações. A nota dela no site Metacritic, que reúne opiniões de críticos especializados, é 79, maior do que as pontuações de outras minisséries de grande repercussão neste ano, como Little Fires Everywhere (Prime Video), I Know This Much Is True (HBO) e The Undoing (HBO).

No Rotten Tomatoes, outra plataforma que reúne críticas de filmes e séries, O Gambito da Rainha tem 100% de aprovação.

Gambito é uma palavra usada para descrever uma ação destinada a enganar alguém e, entre jogadores de xadrez, caracteriza algumas jogadas. Mas mesmo quem não entende nada do jogo rapidamente se envolve com a jornada de Beth (Anya Taylor-Joy), que logo se encanta com este esporte e demonstra talento nato para ele.

Beth é apresentada ao telespectador como uma garota que fica órfã e é levada para um orfanato. Lá, ela desenvolve dois traços que a acompanham durante toda a trama: aprende a jogar xadrez muito bem com o zelador do local e se vicia em calmantes, que eram dados para manter as crianças comportadas.

A protagonista cresce, é adotada e convive com problemas de família, mas segue cada vez mais brilhante como enxadrista --além de adquirir também o vício em álcool. Na vida adulta, ela ganha fama no xadrez e derrota um competidor atrás do outro, até que encara sua maior disputa, contra um soviético conhecido como campeão mundial do esporte.

divulgação/Netflix

Beth derrota todos os competidores na série

História real?

A história é baseada no livro de mesmo nome escrito por Walter Tevis (1928-1984) e publicado em 1983. Toda a trajetória de Beth é fictícia, mas alguns momentos foram inspirados no que o próprio autor viveu, também como jogador de xadrez.

A minissérie foi cocriada e produzida por Allan Scott, que já vinha tentando adaptar a obra havia 30 anos. A ideia era fazer um filme, e alguns detalhes estavam definidos no fim dos anos 2000: Heath Ledger (1979-2008) seria o diretor, e Ellen Page a protagonista.

Mas o projeto foi interrompido após a morte de Ledger, em 2008. Scott retomou os trabalhos com O Gambito da Rainha em 2018, desta vez já com o objetivo de transformar a história numa minissérie.

Ao longo dos episódios, a personagem principal suscita empatia no telespectador e o envolve em sua trama de sofrimento, vício e genialidade. Todas as cenas de partidas de xadrez têm jogadas reais, feitas com consultoria de Garry Kasparov, famoso jogador. A torcida por Beth, portanto, também se torna real e intensa.

A atuação de Anya Taylor-Joy, aliás, é segura e marcante, assim como a de Isla Johnson, que interpreta Beth na infância. O Gambito da Rainha oferece uma experiência de drama, angústia e vontade de devorar os sete episódios de uma vez, para saber qual será a próxima jogada de Beth.

Por se tratar de uma minissérie, a atração não deve ter mais temporadas na Netflix. "Eu adoro a personagem e, certamente, voltaria se me pedissem, mas acho que deixamos Beth em um bom lugar", disse a atriz protagonista à revista Town & Country.

Confira o trailer de O Gambito da Rainha:


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