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Batalha de Tuites

Donald Trump ataca Debra Messing e pede cancelamento de Will & Grace

Reprodução/NBC

A atriz Debra Messing em cena da comédia Will & Grace

Debra Messing em cena de Will & Grace na qual sua personagem pede voto para Hillary Clinton, rival de Trump

JOÃO DA PAZ

Publicado em 5/9/2019 - 13h04

A novela entre a atriz Debra Messing, de Will & Grace, e Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, ganhou um novo capítulo quentíssimo. Na manhã desta quinta-feira (5), o comandante da nação mais poderosa do planeta deixou seus afazeres de lado para pedir o cancelamento da comédia da NBC, após Debra curtir um post racista no Twitter.

No último sábado, a atriz deu um like em um tuíte que mostrava uma imagem de uma igreja batista na cidade de Birmingham, Estado do Alabama, que tinha uma placa com os seguintes dizeres: "Um voto negro para Trump é [sinal de] uma doença mental". Ela escreveu junto com a curtida "MUITO OBRIGADO #Alabama".

Ontem, Debra tentou consertar a polêmica criada, depois que a hashtag #RacistDebraMessing (Debra Messing Racista) viralizou no Twitter. A resposta dela foi recebida pelos internautas com frieza, por não acharem genuína, pois ela tentou se justificar enquanto dizia que sentia muito.

Hoje, Trump se lembrou do infame caso envolvendo a comediante Roseanne Barr, que teve sua série cancelada no mesmo dia em que publicou uma mensagem racista, em maio do ano passado. A estrela do sucesso Roseanne (1988-2018) comparou uma conselheira do ex-presidente Barack Obama a um macaco. A resposta da rede ABC, que exibia a atração na época, foi imediata.

Escreveu Trump em um dos seus dois tuítes postados nesta quinta: "Será que a NBC fake news vai permitir que essa racista continue [no ar]? ABC demitiu Roseanne. Cuidado com os dois pesos, duas medidas".

Trump disse mais ainda: "A péssima 'atriz' Debra Messing está em apuros. Ela quer criar uma lista negra de apoiadores de Trump e está sendo acusada de macarthismo. Ela também está sendo acusada de ser racista pelas coisas horríveis que ela disse sobre negros e doença mental. Se Roseanne Barr disse o que disse, mesmo estando em uma série com mais audiência, ela seria expulsa da televisão."

Duas coisas desses tuítes precisam ser explicadas. Primeira: o macarthismo a qual Trump se refere é um termo que se popularizou nos Estados Unidos durante a Guerra Fria (1945-1991) para rotular pessoas que fazem insinuações sem provas. A palavra tem origem nos discursos do senador Joseph Raymond McCarthy (1909-1957), que acusava artistas da época de comunismo.

Segunda. A tal "lista negra" tem um pé na manifestação feita por Debra no último fim de semana. Ela pediu que a imprensa americana divulgue a relação de produtores e celebridades que vão comparecer a um evento da campanha de Trump à reeleição, programado para ser realizado no próximo dia 17, em Beverly Hills. 

"Por favor coloquem a lista de todos que estarão lá. O público tem o direito de saber", justificou Debra, no Twitter. Seu colega de série, Eric McCormack, lhe apoiou. "Por gentileza, noticiem todos os presentes no evento, para que todos nós tenhamos a certeza de com quem não queremos trabalhar nunca mais. Obrigado".

A comédia Will & Grace foi revivada em 2017 justamente após os atores se reunirem em esquete em que incentivavam eleitores americanos a votarem em Hillary Clinton, rival de Trump na corrida presidencial. Apenas a bêbada e controversa Karen, vivida por Megan Mullally, apoiava o então empresário e ex-apresentador de TV.

O público comprou a série ressuscitada, que gerou bons números de audiência na primeira temporada de retorno. Aos poucos o público foi minguando e a comédia perdeu fôlego. Em julho, Will & Grace foi renovada para a 11ª e última temporada.

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