Ator troca estabilidade de novela por risco em série de vampiros do Globoplay

Intérprete de Pedro em Vermelho Sangue, série de fantasia do Globoplay, Lucas Miranda viveu um dos momentos mais desafiadores de sua carreira ao entrar na trama de Rosane Svartman e Claudia Sardinha. O ator recusou a oportunidade de estrelar uma novela em outra emissora para apostar em sua primeira produção para o streaming, que o tirou totalmente da zona de conforto por ser uma narrativa de mistérios, vampiros e lobisomens.

Em entrevista ao Notícias da TV, o ator contou que tomou a decisão após muitas conversas com a família, amigos e colegas de profissão, já que abrir mão de uma novela significava deixar para trás estabilidade e visibilidade imediata.

Na visão dele, a série representava um risco, mas também uma oportunidade única de mostrar uma nova faceta artística. "Foi uma decisão muito difícil para mim", confidenciou ele, que mergulhou de cabeça no personagem sombrio da trama.

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Apesar das dúvidas, hoje ele sente que acertou ao ter escolhido Vermelho Sangue. "Eu cheguei a essa decisão por vários fatores, mas acho que o principal deles foi o fato de de ser uma série gravada em Minas Gerais, a minha terra. Isso bateu muito forte para mim. Poder representar a os nossos costumes, a história de Minas Gerais, representar a minha cidade, Uberlândia e ter essa experiência", revelou. 

A produção, descrita como um suspense psicológico intenso, exigiu uma preparação diferente da habitual. O ator precisou se dedicar muito para não deixá-lo cair em estereótipos e tentar fazer com que o público se identifique com ele em alguma esfera. 

Na trama, Pedro é um estudante universitário cercado pelos amigos Bia (Bárbara Roterdã) e José (Sávio Dorotheio) e vivendo um romance com Juliana (Ana de Santana). Entre seres místicos, ele se vê envolvido em acontecimentos sombrios que transformam sua rotina.

"Ele passa por muitas batalhas internas e externas. Na maioria das vezes, está se dando mal, mas muita gente vai se identificar com ele, vai torcer por ele", pontuou.

Segundo ele, o processo foi exaustivo, mas também transformador. "É uma série de gênero, de realismo fantástico, que é muito difícil você ver, principalmente no Brasil. A gente tem essa temática de vampiros e lobisomens no mundo todo, mas fizemos de um jeito muito original, muito brasileiro, muito mineiro. Então é uma série muito única", explicou.

Além da temática cativante, Lucas Miranda ressaltou o investimento em qualidade técnica. "Na questão dos efeitos especiais, nas cenas de ação, teve um investimento fortíssimo dos Estúdios Globo para fazer essa série. A fotografia está espetacular, a gente gravou em locais icônicos e maravilhosos de Minas Gerais", destacou.

Para ele, a trama também vai além da fantasia. "É uma história de amor, de superação, de reencontrar a sua voz e suas raízes". A aposta em Vermelho Sangue em sua trajetória pessoal também representa um passo estratégico, já que o mercado de streaming tem aberto portas para novas narrativas e formatos.

Lucas destacou que encara a mudança como um investimento a longo prazo, em busca de reconhecimento além das novelas tradicionais. Para ele, todos os elementos da produção se conectaram de forma especial.

"Todas as peças do quebra-cabeça foram se encaixando para um projeto de muito sucesso. Eu acho que muita gente vai se emocionar, se identificar e se surpreender com Vermelho Sangue", finalizou.

Vermelho Sangue estreou na última quinta (2), exclusivamente no Globoplay. A trama se passa em Guarambá, o santuário do lobo-guará. O elenco conta com Alanis Guillen, Letícia Vieira, Pedro Alves, Laura Dutra e Rodrigo Lombardi.