Reality de Danni Suzuki inclui PCDs e trans na moda: 'Representatividade não é favor'

Comandado por Danni Suzuki no canal E!, o reality New Faces tem como principal objetivo ampliar a inclusão no mundo da moda. A nova temporada do programa traz um elenco ainda mais diverso, com mulheres trans, PcDs, 50+, indígena e asiática.

"A moda ainda é um espelho torto da sociedade, e o que fazemos no New Faces é tentar endireitar esse reflexo. A segunda temporada vem mais consciente, mais corajosa e pronta para lembrar que representatividade não é um favor: é uma urgência social", ressalta a apresentadora ao Notícias da TV.

O reality, produzido pela Manjubinha Filmes e dirigido por Bernardo Bôscoli, desafia os padrões da moda e a transforma em um espaço incluso e autêntico. Os tipos de beleza são ressignificados quando as participantes ocupam as passarelas.

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"A diferença não é um detalhe, é a própria regra da vida. Quando a moda entende isso, ela deixa de ser vitrine para se tornar espelho. Porque o verdadeiro poder não está em caber num padrão, mas em se reconhecer inteiro diante dele", valoriza Danni.

A dinâmica da atração exibida no canal E! testa a criatividade e a autoconfiança das mulheres. Além disso, mentorias e workshops são feitos para fortalecer a percepção pessoal de cada participante, deixando de lado os estereótipos.

"Essas etapas são o coração do New Faces. Nós não estamos aqui para ensinar a desfilar, estamos aqui para lembrar que cada um já nasceu com algo único pra mostrar", afirma a apresentadora.

Moda, para mim, é um exercício de consciência: um espelho que pergunta quem você é, não o que esperam que você seja. Quando uma participante entende que sua história é o que a torna bela, o palco deixa de ser competição e vira libertação.

Danni Suzuki concilia a apresentação do programa com os projetos como atriz. Depois da série Capoeiras, do Disney+, ela aguarda o lançamento de In(Vulneráveis), do Universal+.

"A arte tem a missão de devolver humanidade onde o sistema insiste em apagar. Mostrar novas realidades não é militância, é responsabilidade histórica. A moda, o entretenimento, a comunicação… Todos têm o poder de reeducar o olhar coletivo. Não estamos apenas falando de visibilidade, mas de consciência. Porque o que não é visto, não existe. E o que é mostrado com verdade, transforma", reflete.