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OITO ANOS

Galisteu dá a volta por cima após geladeira na TV: 'No fundo do meu poço tem mola'

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Adriane Galisteu com um look todo preto, unhas rosas, sentada em uma caixa metálica

Adriane Galisteu nos bastidores do Power Couple; apresentadora ficou oito anos sem programa na TV aberta

Foram oito anos à espera de uma oportunidade para voltar a atuar como apresentadora na TV. Desacreditada por executivos de algumas emissoras, Adriane Galisteu deu a volta por cima e fez um retorno triunfal à Record: assumiu o Power Couple Brasil 5, tem conquistado momentos de liderança no Ibope e virou uma pedra no sapato da Globo.

"No fundo do meu poço tem mola", diz a apresentadora, em entrevista exclusiva ao Notícias da TV. "A vida é muito cíclica, e eu nunca desisti de fazer o que sempre amei. Neste tempo eu me reinventei e não fiquei parada."

Antes de Galisteu ser repatriada pela Record, seu último trabalho como apresentadora na TV aberta tinha sido o reality Quem Quer Casar com Meu Filho?, gravado em 2013, mas exibido pela Band em 2014, quando ela já havia se desligado da emissora.

Neste intervalo, comandou programas na TV a cabo, foi escalada por Fausto Silva para a Dança dos Famosos em 2017, ganhou papel em novela da Globo, atuou em série de humor e fez peças de teatro.

Após a morte de Gugu Liberato (1959-2019), ela recebeu o convite para comandar o Power Couple no início de 2020, mas a pandemia atrasou seu retorno à TV aberta. Só neste ano ela, enfim, retomou seu projeto de vida, que havia sido interrompido há quase uma década.

Notícias da TV - Você ficou oito anos sem apresentar um programa na TV aberta, e agora chega a passar a Globo na audiência. O que este momento representa para você?
Adriane Galisteu -É um momento muito importante na minha vida, voltei a fazer o que amo e o que eu nasci pra fazer. Minha vida voltou a fazer sentido. Sempre sonhei em ser apresentadora, mas me vi fora do ar e fui me reinventar. E poder voltar para um programa, do qual eu particularmente sempre fui fã, foi o maior presente que poderia ter recebido neste ano. Sou só gratidão por poder voltar a uma emissora em que fui muito feliz. Estou me entregando 100%. 

E como é ser a única mulher da TV brasileira a comandar um reality de confinamento?
É uma delícia poder representar todas as mulheres. Nós somos fortes, guerreiras e competentes. E agora vamos até pra lua! A Marisa Orth teve uma rápida passagem pelo Big Brother Brasil [em 2002], mas fez um ótimo trabalho. E agora, depois de tanto tempo, tem eu. É legal poder carregar comigo essa história.

A mulher na TV está sempre muito exposta, e com você não é diferente. Seus antecessores, Roberto Justus e Gugu Liberato, nunca foram criticados pelas roupas que usavam no Power Couple. Mas com você é diferente. Seus looks, pelo bem e pelo mal, estão sempre entre os assuntos mais comentados no Twitter, e tem muitas mulheres que te criticam. Como lida com isso?
Primeiro, acho que gosto não se discute. Eu uso, sim, o meu espaço na TV para brincar com a moda. Um dia eu estou de um jeito, outro dia estou de outro. Essa é uma característica minha. Eu falo que mulher não tem estilo, tem estado de espírito. Dentro do programa, tento pensar na mulher sexy, na moderna, na mais nova, na clássica. Nas gravações das provas, eu uso apenas roupas dos patrocinadores. Nos dias ao vivo, as meninas aproveitam para montar os looks, e também é o dia que aproveito pra fazer isso.

Mas as críticas não te abalam?
Não acho legal quando uma mulher aponta o dedo para a outra. Acho que as mulheres têm que se abraçar e se unir. Eu me vejo através de hashtags no Twitter comprando barulho de muita mulher que nunca vi na vida. Nós temos que dar colo uma pra outra, temos que unir as nossas forças. Jamais vou criticar uma mulher pela roupa, aparência ou pelo gosto. Esse é o meu jeito. Eu gosto de brincar com a moda, tudo o que uso tem um porquê de estar lá.

E o que faz quando você é a vítima destes ataques, como quando tentam te menosprezar por conta de seu figurino ou por seu penteado?
A minha obrigação é informar, porque talvez essa mulher não tenha essa informação da importância da sororidade. Eu sou de uma geração em que mulher não era amiga de outra mulher. Sempre tinham aqueles papos: "Cuidado que ela pode pegar seu namorado". Mas, hoje em dia, as coisas não são mais assim. E a partir do momento em que você vai se informando, você tem a obrigação de pensar e agir diferente. A minha obrigação é ser diferente para educar meu filho e não o deixar ser desrespeitoso com as mulheres.

O que eu falo para a mulher que está no sentido contrário da sororidade é mandar ela se informar e entender que os tempos mudaram, e que não cabe mais um dedo em riste de uma mulher para a outra. Não da pra responder: 'Eu fui criada assim'. Eu também fui criada num mundo sem internet, mas a gente tem a obrigação de se informar, parar de julgar e entrar na vibe da igualdade, da união, de estarmos juntas para conquistar mais coisas.

Sua personalidade sempre foi imprimida nos programas que apresentou. Foi dada a você a liberdade de criar no Power Couple?
No Power Couple não precisa criar nada. O formato está pronto. Os participantes é que dão o molho. A gente só prepara a massa. Eles são as grandes estrelas. Mas me sinto mais livre para ser mais eu. É um programa muito bem roteirizado, bem pensado, e consegui dar a minha personalidade. O Rodrigo Carelli [diretor] está cercado de pessoas muito competentes. Ele me dirigiu no Quiz MTV [1998-1999], quando ele estava começando a carreira dele. Ainda não era o gênio dos realities. Ele sabe fazer como ninguém. A gente se deu muito bem lá atrás e agora também. Estou em boas mãos.

Nestes oito anos sem apresentar um programa na TV aberta, você se deprimiu e chegou a pensar em desistir de seguir nessa carreira?
No fundo do meu poço tem mola (risos). E tem muitos fundos de poço ainda para eu passar. A vida é muito cíclica, e eu nunca desisti de fazer o que sempre amei. Neste tempo eu me reinventei e não fiquei parada. Fiz meu canal no YouTube, participei da Dança dos Famosos, fiz novela, criei meu canal de podcast. Fui por outros caminhos, mas sem perder meu foco.

Quando era pequena eu tinha uma escova azul e brincava que ela era o meu microfone. Entrevistava minhas vizinhas, minhas bonecas. Eu era bem pequena e continuo assim até hoje. Sigo sendo essa menina com a escova azul nas mãos. Eu amo o que faço. Fiquei fora durante alguns anos, mas isso não significa que eu estava triste, deprimida. Sempre acreditei em mim.

Seu sucesso à frente do Power Couple já faz o seu nome figurar nas bolsas de apostas para assumir A Fazenda. Está preparada?
Meu foco, por enquanto, é 100% o Power Couple.

Você está contratada fixa da Record ou o acordo vale só para este reality?
Por enquanto, só para o Power Couple, mas estou esperando a minha hora chegar. Estou tão focada no programa... Vou todos os dias para Itapecerica da Serra [SP], exceto sextas e domingos. Não quero experimentar qualquer coisa neste momento que não seja o reality. Tem dado certo, tenho me concentrado. Quando alguém fala que saiu uma matéria sobre qualquer coisa a respeito do meu futuro na TV, eu peço para que não leia.


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