Morte de Odete Roitman em hotel desafia lógica do 'quem matou?' em Vale Tudo

Vale Tudo vai colocar no ar nesta segunda-feira (6) um dos momentos mais aguardados: a morte de Odete Roitman (Debora Bloch). Diferente da versão de 1988, em que a vilã foi assassinada em seu apartamento, a trama de Manuela Dias desloca o crime para um cenário icônico: o Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.

Gravações já vazaram na internet, mostrando o corpo da empresária sendo retirado do hotel, o que gerou comentários sobre a plausibilidade da cena. O Copacabana Palace, conhecido por seu requinte, é um dos hotéis mais monitorados do Brasil.

Câmeras em todos os corredores, controle rigoroso de entrada e saída e a presença de inúmeros funcionários tornam difícil imaginar como um assassinato tão rumoroso poderia não ser rapidamente solucionado pela polícia.

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Esse detalhe abre um questionamento importante: como manter o suspense de um "quem matou?" dentro de um ambiente com tantos mecanismos de vigilância? Diferente de um crime em residência particular, como na trama original, a escolha de um hotel de luxo coloca o roteiro diante de um desafio de verossimilhança.

Peso do clássico e final inédito

A morte de Odete é mais que um clímax: ela desencadeia o enigma que marcou a primeira versão e entrou para a história da teledramaturgia brasileira.

O remake aposta na mesma estrutura, mas Manuela Dias já avisou que o desfecho não repetirá a solução de 1988. Ou seja, o mistério pode até começar parecido, mas o ponto-final será inédito.

O episódio desta segunda promete forte repercussão. De um lado, o público revisitará um clássico. De outro, surgirá a discussão inevitável: em tempos de câmeras e rastreamento digital, até que ponto a ficção pode sustentar um assassinato sem solução em plena suíte de um dos hotéis mais vigiados do país?

Leia também -> Resumo dos capítulos da novela Vale Tudo.

Vale Tudo foi exibida em 1988 e é um dos grandes sucessos da teledramaturgia brasileira. O remake da novela celebra os 60 anos da Globo. A autora Manuela Dias está responsável pela atualização da trama, e Paulo Silvestrini assina a direção artística.

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