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SEGUNDA TEMPORADA

Daniel Ortiz reescreve Salve-se Quem Puder quatro vezes e joga fora 40 capítulos

JOÃO MIGUEL JUNIOR/TV GLOBO

A atriz Vitoria Strada como Kyra sentada em uma cadeira em primeiro plano, com Juliana Paiva como Luna ao fundo e Deborah Secco como Alexia à direita em Salve-se Quem Puder

Kyra (Vitoria Strada), Luna (Juliana Paiva) e Alexia (Deborah Secco) em Salve-se Quem Puder

DANIEL FARAD, do Rio de Janeiro

vilela@noticiasdatv.com

Publicado em 17/5/2021 - 7h10

O autor Daniel Ortiz confessa que não estava preparado para um segundo "furacão" sacudir Salve-se Quem Puder. Após a tempestade fictícia nos primeiros capítulos, a pandemia de Covid-19 atingiu a novela das sete da Globo em cheio e obrigou o roteirista a rever boa parte de seus planos. Ele acredita que escreveu, ao todo, quatro versões da história.

O Sars-Cov-2 chegou oficialmente ao Brasil em março de 2020, quando o autor já trabalhava no 96º capítulo. Ele, então, recebeu uma ligação de Silvio de Abreu, que ocupava o posto de diretor de dramaturgia, para avisar que a novela sairia do ar e, por isso, precisava urgentemente de um final de temporada.

"Era domingo e as cenas decisivas seriam gravadas no máximo até a terça, antes da paralisação completa dos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro. Eu adiantei o encontro de Luna [Juliana Paiva] e Dominique [Guilhermina Guinle], que seria exibido originalmente no capítulo 92, para o 54. E joguei fora tudo que já tinha escrito no meio", conta o novelista ao Notícias da TV.

Cerca de 40 episódios já prontos foram parar na lata de lixo, e Ortiz ainda viu a produção virar de cabeça para baixo com uma série de imprevistos. "De repente, a Sabrina Petraglia [Micaela] ficou grávida, e o José Condessa [Juan] saiu da novela. Foi muito intenso, porque precisei dar um jeito sem saber nem como a gente se protegeria da doença", relembra.

A atriz ainda conseguiu gravar algumas cenas em estúdio, além de outras em casa, mas o galã português deu uma dor de cabeça a mais já que não voltaria ao Brasil. "E, então, chegaram os protocolos. Eu tive que diminuir cenas com veteranos com mais de 60 anos, o que me levou a criar novos personagens", confidencia o paulista.

VICTOR POLLAK/TV GLOBO

Daniel Ortiz, autor de Salve-se Quem Puder

De cabeça para baixo

Ortiz revela que passou a trabalhar diariamente do final da manhã até a madrugada para colocar Salve-se Quem Puder novamente no ar. "Eu terminei a novela esgotado, pouco antes de gravarem a última cena. Sem contar que engordei oito quilos, porque não conseguia levantar [do computador]. Sempre tinha algo para mudar, algum ajuste, alguém que pegou Covid", pontua. 

Os esforços do roteirista podem ser conferidos pelo público a partir desta segunda (17), quando a trama passa a exibir os 53 episódios inéditos. "A comédia não é tão valorizada, mesmo que seja mais difícil do que o drama, mas a pandemia mostrou a importância de fazer o público rir", acrescenta.

Ele decidiu não abordar a crise sanitária na história para dar um respiro ao público, já que o folhetim é exibido justamente entre dois telejornais. "A gente demorava três ou quatro dias para gravar a mesma sequência de ação que, sem os protocolos, levaria uma tarde. Eu acho que fomos muito ousados para não perder o nosso DNA", arremata o autor.


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