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CINNARA LEAL

Cicatriz de Justina ainda dói na pele de atriz em Nos Tempos do Imperador: 'Tive febre'

JOÃO MIGUEL JUNIOR/TV GLOBO

A atriz Cinnara Leal, com três cicatrizes em forma de risco vertical na bochecha, como Justina em cena de Nos Tempos do Imperador

Justina (Cinnara Leal) em Nos Tempos do Imperador: marcas que não estão apenas no rosto

DANIEL FARAD

vilela@noticiasdatv.com

Publicado em 8/12/2021 - 6h20

Cinnara Leal admite que levou um baque ao se olhar no espelho e ver pela primeira vez o rosto atravessado pelas cicatrizes de Justina em Nos Tempos do Imperador. A atriz confessa que sentiu medo de não dar dignidade suficiente às marcas que não ajudam a contar apenas a história da governanta na novela das seis --mas também dos quase 5 milhões de pessoas que foram sequestradas na África e escravizadas no Brasil durante quatro séculos.

Em entrevista ao Notícias da TV, a intérprete revela que enfrentou um desgaste físico e emocional ao se debruçar sobre parte da própria história durante quase dois anos no folhetim de Alessandro Marson e Thereza Falcão:

Não é fácil mergulhar na dor de pessoas tão próximas a você. No início, eu sequer entendia [o que estava acontecendo] quando eu vinha com a trança da Justina para casa, por exemplo. Eu tive até febre, mal-estar. Em uma das cenas mais fortes, do leilão de escravos, eu cheguei a vomitar depois da gravação.

Cinnara faz referência à sequência em que Luísa (Mariana Ximenes) tenta impedir Borges (Danilo Dal Farra) de arrematar um grupo de escravizados. Justina, posteriormente, ajudou Guebo (Maicon Rodrigues) a escondê-los na casa da condessa e até bateu de frente com o delegado para protegê-los.

Foi uma cena muito cruel, muito difícil. Quando a gente fala em escravidão, não fala só na desumanidade, mas das sequelas que perduram até hoje. Não é um papel que você passa pela roleta da Globo, entra no estúdio, grava, vai embora e está tudo bem. Ela tem uma demanda muito grande tanto antes quanto depois.
A atriz Cinnara Leal como Justina tem o rosto tocado por Maicon Rodrigues, o Guebo, em cena de Nos Tempos do Imperador

Justina e Guebo na novela das seis da Globo

Histórias negras

Cinnara pontua que o primeiro contato com Justina em frente ao espelho também a fez ter receio de não ser capaz de acessar os traumas e os afetos que marcavam a sua existência:

Eu fico arrepiada até hoje. Eu tive, sim, medo de não dar dignidade àquele papel, até perceber que ela sempre esteve comigo e com o povo preto. Era uma voz que já existia e precisava falar, só precisava de uma boca e uma oportunidade. Eu abri espaço para ser atravessada não só por uma persona, mas por um coletivo ancestral. A nossa história foi construída com muita dor e precisa ser contada.

A artista, aliás, estava decidida a passar a parte que lhe cabia nessa história à frente, apesar de qualquer desconforto físico ou mental.

"A gente não pode negligenciar ou desviar, é preciso construir um presente a partir do passado, seja ele qual for. A partir disso, você tem um chão firme para pisar e dar o próximo passo. E nós damos cada um deles com muita luta", afirma.

Nos Tempos do Imperador se passa cerca de 40 anos depois dos acontecimentos de Novo Mundo (2017). Além dos spoilers, o Notícias da TV também diariamente publica os resumos da novela das seis.


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