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LOUCURA, LOUCURA, LOUCURA

Por que, afinal, Luciano Huck quer gastar bilhões para comprar um banco?

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Homem de cabelos grisalhos sorri e faz sinal de positivo com as duas mãos. Ele veste suéter cinza-claro e usa microfone de lapela; ao fundo, o cenário é iluminado por luzes azuis intensas

O apresentador Luciano Huck no Domingão, da Globo: nada concreto (ainda) sobre compra de banco

DANIEL FARAD

vilela@noticiasdatv.com

Publicado em 14/10/2025 - 6h10

À primeira vista, a intenção de Luciano Huck de investir bilhões na compra do Will Bank causou surpresa. No mercado, porém, o movimento não soou inesperado. O apresentador --que já disse à Folha de S.Paulo não ter nada de concreto ainda sobre a empreitada-- mira um público que conversa diretamente com o do Domingão, seu programa na Globo, unindo negócios e visibilidade na mesma estratégia.

O Notícias da TV conversou com fontes no mercado financeiro para entender o quão arriscada seria a jogada do marido de Angélica Ksyvickis. A resposta é unânime: o Will Bank é considerado, hoje, um dos mais cobiçados dentro do processo de fusão e aquisição do Banco Master.

O ativo faz parte do que o mercado chama de "good banking": negócios pautados por boas práticas de governança e transparência, que reforçam a credibilidade do sistema financeiro como um todo. Ou seja, não traria qualquer risco mais elevado ou risco à reputação de Huck.

Uma das fontes explicou que o Will Bank dialoga diretamente com o público que já acompanha Huck na Globo. A fintech --empresa que utiliza tecnologia para oferecer serviços financeiros de forma digital e simplificada-- mira justamente nas classes mais populares.

O público-alvo dessas instituições é formado por quem nunca teve interesse ou oportunidade de abrir conta em um banco tradicional --seja pela dificuldade de comprovar renda ou pelas tarifas elevadas--, mas acabou ingressando no sistema financeiro por causa do Pix.

Os valores de crédito oferecidos pelo Will Bank são menores que os dos bancos tradicionais, com foco em soluções ágeis e de baixo risco --especialmente em linhas como o consignado privado.

Esse segmento está em plena expansão, por ser essencial para estimular o consumo e sustentar indicadores positivos da economia, em uma das principais apostas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para recuperar popularidade e chegar competitivo à eleição de 2026.

Nem tudo são flores

Dois pontos são fundamentais para Huck decidir se vai levar ou não à frente a sua proposta de ingressar no mercado financeiro. Um deles é a MP 1.303/2025, aprovada pela comissão mista do Congresso, que eleva a alíquota da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) de fintechs.

Na prática, a mudança na regulação leva a um aumento dos custos operacionais, podendo obrigar essas instituições a abrirem mão de políticas que atraem muitos clientes, como a de tarifa zero.

O outro é que o Will Bank, assim como fintechs em seus primeiros anos, costumam registrar mais prejuízos do que lucros em seus primeiros anos. O aumento do número de clientes é fundamental para virar o jogo, e a popularidade e visibilidade de Huck podem ser determinantes.

Huck vai mesmo comprar um banco?

Quando se fala que "Huck quer comprar um banco", parece que o apresentador vai passar o próprio cartão para ficar com Will Bank. Obviamente não é bem assim. Se quiser mesmo investir, ele muito provavelmente vai se juntar a grupos de investidores para viabilizar o negócio.

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