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LEGACY OF LIES

Te cuida, Van Damme! Diretor reinventa astros de ação na era das fake news

Fotos: Divulgação/Particular Crowd

Scott Adkins segura uma arma através de um vidro de carro quebrado

O britânico Scott Adkins em cena do filme de ação Legacy of Lies, estreia deste domingo (1º) no Space

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 1/8/2021 - 6h15

Nos anos 1980 e 1990, Hollywood foi tomada por astros de ação como Arnold Schwarzenegger, Chuck Norris, Sylvester Stallone e Jean-Claude Van Damme, com filmes repletos de lutas e tiros --e um fiapo de roteiro para costurar uma sequência explosiva à seguinte. Décadas depois, o diretor holandês Adrian Bol decide reinventar o gênero com um pouco mais de conteúdo.

Legacy of Lies, que estreia na noite deste domingo (1º) no canal Space, conta a história de Martin Baxter (Scott Adkins), um ex-espião do serviço secreto britânico que deixou sua agência há mais de uma década e agora sustenta a si mesmo e à filha Lisa (Honor Kneafsey) participando de lutas ilegais e como segurança de casas noturnas com uma clientela duvidosa.

Tudo muda quando ele é procurado pela jornalista ucraniana Sasha Stepanenko (Yullia Sobol), que pede sua ajuda com uma investigação iniciada pelo pai dela no passado. A busca se conecta com a última missão de Baxter, que o ex-agente não conseguiu completar e resultou em seu desligamento do MI6. E tudo chega a um novo patamar quando terroristas russos passam a caçá-lo e colocam a vida dele, de Lisa e de Sasha em risco.

Em entrevista exclusiva ao Notícias da TV, Adrian Bol defende que seu longa é mais do que um bando de brutamontes trocando socos e disparos. Na era das fake news, o filme é como uma "homenagem ao jornalismo de verdade" --sem abrir mão das cenas eletrizantes, claro.

Tem uma mensagem de poder contra verdade. A Sasha tem como missão terminar o trabalho do pai, expor os segredos dos russos. Ela luta pela verdade com sua maior arma, que é o jornalismo. Hoje em dia, com todas as fake news, ninguém acredita mais no que lê, é bem complicado. Mas o jornalismo independente é um dos pilares de qualquer democracia. Para mim, essa é a mensagem do filme, isso é que importa no final.

Legacy of Lies foi planejado e filmado para ter uma estreia grandiosa nos cinemas. A pandemia, obviamente, alterou esses planos, e o filme chega direto à televisão por aqui. O fato de ser visto em uma tela menor não muda o empenho do diretor, que mantém tomadas abertas mesmo ciente de que boa parte das produções agora irá para o streaming ou para a TV, sem ter uma chance no circuito comercial e nas telonas.

"Honestamente, eu prefiro pensar meus filmes de uma maneira cinemática. O risco de achar que as pessoas vão ver numa tela pequena é fazer planos mais fechados, dar closes nos atores e evitar imagens grandes. Tudo isso vai contra a minha natureza. Eu quero aproveitar o máximo dos cenários. Especialmente em um filme assim, você quer mostrar as cidades, explorar essas locações", define ele, que rodou cenas em Kiev, na Ucrânia, e em Londres, no Reino Unido.

Scott, Adrian Bol e o dublê Tim Man

Luta com história

Por se tratar de um filme de ação, Legacy of Lies não se sustenta apenas com as paisagens ucranianas. Martin Baxter está o tempo todo em confronto com algum adversário, e a pancadaria vai dos tiros a troca de golpes em questão de segundos. Sequências assim costumam dar trabalho para a equipe, mas Bol tem uma opinião diferente.

"Foram as cenas mais fáceis, na verdade, porque tínhamos um coordenador de lutas incrível, Tim Man, e ele e Scott Adkins trabalham juntos há muitos anos. Para mim, o mais importante era assegurar que a história que vamos contar dentro da luta está ali, definir uns pontos-chave", ressalta o holandês.

"Tim e Scott já sabem qual é o soco mais legal, como filmá-lo e de qual ângulo. Eles são especialistas, então eu não precisei fazer muito, só ter certeza de que a história que eu tinha mente estava ali. E eles obviamente excederam minha expectativa porque são os melhores do mundo."

Empolgado, o diretor já faz planos para iniciar uma franquia em cima de Martin Baxter --afinal, um bom astro de ação precisa ter uma série de filmes no seu currículo, como Stallone e os cinco capítulos de Rambo ou os sete longas já lançados de Kickboxer, saga iniciada e revivida por Van Damme.

"Já me pediram para escrever a segunda parte e até para fazer uma série em cima da trama. Estou trabalhando nisso, mas recebi um convite para outro filme, que também é um projeto muito interessante, então estou fazendo malabarismos para dar conta de tudo. Eu não posso me cortar no meio, então estou tentando fazer os dois. Mas sim, há uma grande chance de uma segunda parte em algum momento", adianta o diretor.

Legacy of Lies estreia no Brasil neste domingo (1º), às 21h, no canal Space. O filme não é recomendado para menores de 16 anos. Confira o trailer:


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