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CRÍTICA

Shang-Chi: Marvel equilibra humor e ação em ótimo filme de origem do herói

Divulgação/Marvel Studios

Simu Liu em cena de Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis

Simu Liu em Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis; filme estreia nos cinemas nesta quinta (31)

ANDRÉ ZULIANI

andre@noticiasdatv.com

Publicado em 2/9/2021 - 6h30

Primeiro filme de super-herói asiático da Marvel, Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis estreia nos cinemas nesta quinta-feira (2) depois de ser adiado por conta da pandemia de Covid-19. Com um equilíbrio quase perfeito entre ação e humor, o longa é uma das melhores histórias de origens já contadas no MCU, o Universo Cinematográfico da editora.

Criador nos quadrinhos por Steve Englehart e Jim Starlin nos anos 1970 como o Mestre do Kung Fu da Marvel, Shang-Chi surgiu em uma época na qual os filmes estrelados pelo astro Bruce Lee (1940-1973) estavam em alta. Com o público clamando por mais histórias de artes marciais, a editora viu na criação do herói uma oportunidade para atingir este nicho.

Pouco conhecido entre o público mainstream, o herói nunca esteve no radar dos fãs que foram apresentados aos heróis da Marvel pelos filmes do MCU. Mesmo assim, o estúdio tem em Shang-Chi a estreia perfeita para o personagem.

Na trama, Shang-Chi (Simu Liu) foi criado por seu pai, Wenwu (Tony Leung), um rei do crime com poderes sobre-humanos. Sua superforça vem dos Dez Anéis, conjunto de braceletes que liberam não apenas superpoderes mas também uma vida muito mais longa do que a dos outras pessoas.

DIVULGAÇÃO/MARVEL STUDIOS

Tony Leug vive o vilão de Shang-Chi

Em busca de uma força que lhe daria o poder de controlar o mundo todo, Wenwu conhece Jiang Li (Fala Chen), habitante e protetora do reino de Ta Lo, local onde habitam seres e entidades místicas. Os dois duelam, mas acabam se apaixonando, e o vilão leva a bela jovem para iniciarem juntos uma vida na China.

Do amor dos dois nascem Shang-Chi e Xialing (Meng’er Zhang), e a família vive momentos felizes até que a morte de Jiang Li faz o mundo deles desabar. Tomado pelo luto, Wenwu retorna ao crime para liderar novamente a Organização dos Dez Anéis e coloca o garoto para treinar desde os sete anos. Mais velho, o jovem decide escapar das garras do pai e foge para viver uma grande mentira em São Francisco, nos Estados Unidos.

No momento em que o passado de Shang-Chi vem de encontro ao seu presente, o filme faz o que poucos títulos da Marvel conseguiram fazer: unir humor e ação em um equilíbrio completo. O diretor Destin Daniel Cretton utiliza menos efeitos especiais para se dobrar em coreografias de lutas perfeitamente ensaiadas que entregam as melhores sequências de todo o MCU.

Cada cena de combate parece homenagear uma obra do cinema asiático. Shang-Chi tem traços que vão de O Tigre e o Dragão (2000) a O Clã das Adagas Voadoras (2004) e filmes de Bruce Lee e Jackie Chan. Em termos de representatividade, o longa está para a comunidade asiática assim como Pantera Negra (2018) esteve para os afrodescendentes.

DIVULGAÇÃO/MARVEL STUDIOS

Awkwafina é um dos destaques do filme

Além das belíssimas cenas de ação, o longa tem na história de origem de seu herói e vilão a dramaticidade necessária para convencer o público de que há uma boa narrativa em mãos. Conhecida por fazer antagonistas fracos, a Marvel tem em Wenwu um personagem denso, falho e aterrorizante que faz um contraponto perfeito à inocência de Shang-Chi.

Escolhido para dar vida ao herói, Simu Liu prova ser o nome ideal para o papel. Seu carisma e habilidade para lutar são completados pelo humor afiado de Awkwafina, que interpreta a melhor amiga Katy. A química dos dois funciona do começo ao fim, com a atriz encerrando a sua participação como um dos destaques do filme.

Com a obrigação de ser mais inclusiva do que no seu início nos cinemas, a Marvel mostra que está pronta para pavimentar o seu futuro com elencos diversos. Suas próximas produções são lideradas por mulheres, negros e asiáticos, o que mostra que heróis como Capitão América/Steve Rogers e Homem de Ferro/Tony Stark serão lembrados apenas nas memórias (e em animações como What If...).

Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis tem a estreia em alto nível de um herói que retornará muitas vezes ao Universo Marvel, agora com o mesmo calibre de figuras como Thor, Hulk e Homem-Formiga. Se o personagem marca o início da jornada pela Fase Quatro do estúdio nos cinemas, o futuro do MCU promete surpreender ainda mais.

Assista ao trailer legendado do filme:


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