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CRÍTICA

Reação em Cadeia: Filme de Márcio Garcia é suco da podridão política no Brasil

Divulgação/MGP Filmes e Warner Bros.

Bruno Gissoni em cena do filme Reação em Cadeia

Bruno Gissoni é o protagonista de Reação em Cadeia, filme de ação dirigido por Márcio Garcia

ANDRÉ ZULIANI

andre@noticiasdatv.com

Publicado em 16/9/2021 - 6h30

Depois de se aventurar nos gêneros romance e drama, Márcio Garcia se arrisca como diretor de um filme de ação em Reação em Cadeia, que chega aos cinemas nesta quinta-feira (16). Com uma trama que aborda crime e corrupção, a produção é o puro suco da podridão política no Brasil.

O protagonista da história é Guilherme (Bruno Gissoni), um auditor contratado para avaliar as finanças de uma grande empresa depois que o seu antecessor desaparece. Apaixonado pelo trabalho, ele se entrega a ponto de ver o seu casamento ruir e sua mulher e filho irem embora de sua casa.

Solteiro, ele acaba se reaproximando de Lara (Monique Alfradique), sua antiga paixão de infância, que ressurge depois de muitos anos sem vê-lo. O jovem acaba se envolvendo, mas descobre com a ajuda de um amigo investigador (Adriano Garib) que a gata, na verdade, namora o problemático Zulu (André Bankoff), um rapaz inconsequente e com uma enorme dívida com bandidos.

Enganado por Lara, Guilherme vê sua situação piorar ainda mais ao encontrar um enorme rombo nas finanças de sua empresa. Ao delatar as irregularidades para o seu chefe, ele acaba envolvido em uma rede de corrupção que ultrapassa as paredes do mundo corporativo e invade os corredores da Câmara dos Deputados, em Brasília.

DIVULGAÇÃO/MGP FIL MES

Monique Alfradique como Lara

Como filme de ação, Reação em Cadeia faz o possível para não sucumbir às poucas oportunidades financeiras disponíveis para o cinema no Brasil. Apesar de não contar com o mesmo orçamento vistos em filmes de Hollywood --qualquer comparação seria absurda--, o longa cumpre o seu papel ao entregar sequências decentes de perseguição de carros filmadas sem o uso de dublês ou efeitos especiais exorbitantes.

O roteiro escrito por Garcia e Thiago Dottori (com supervisão de Bráulio Mantovani, de Tropa de Elite) também não fica devendo e entrega uma história de conspiração e reviravoltas dignas de um bom filme de suspense. E, por tratar de política brasileira, as possibilidades narrativas são quase infinitas.

Por mais que a tentativa de unir o núcleo de corrupção política aos problemas envolvendo a dívida de Zulu com o crime organizado possa soar inicialmente absurda, a resolução é feita de forma crível e até surpreendente. Fosse o cinema brasileiro historicamente mais valorizado, outras boas tramas de ação seriam vistas com mais frequência sem precisar importar do estrangeiro.

Assista ao trailer de Reação em Cadeia:


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