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EX-PRESIDENTE DO URUGUAI

Morto aos 89 anos, José Pepe Mujica é tema de documentário unânime na Netflix

Divulgação/Netflix

José Mujica serve uma garrafa de mate para si mesmo em cena do documentário El Pepe, Uma Vida Suprema

O ex-presidente José Mujica no documentário El Pepe, Uma Vida Suprema (2018); disponível na Netflix

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 13/5/2025 - 17h03

Morto nesta terça-feira (13), aos 89 anos, o político José Mujica é tema de um elogiado documentário disponibilizado pela Netflix em 2018. El Pepe, Uma Vida Suprema foi aclamado pela crítica e é unanimidade no site Rotten Tomatoes, que compila resenhas de jornalistas do mundo todo. O filme sobre o ex-presidente do Uruguai acumula 100% de aprovação entre profissionais.

Em abril de 2024, Mujica foi diagnosticado com um tumor no esôfago e realizou mais de 30 sessões de radioterapia como parte de seu tratamento. Sua situação ficou ainda pior por ele também sofrer da síndrome de Churg-Strauss, uma vasculite necrotizante.

Em janeiro deste ano, porém, o político informou que seu câncer havia se espalhado para o fígado e que ele tomou a difícil decisão de parar de lutar. Ele, inclusive, pediu aos seus médicos que "não o fizessem sofrer em vão". Depois disso, passou a receber apenas cuidados paliativos e ficou à espera da morte.

Mujica afirmou que não tinha medo da morte. "É preciso morrer. Pertencemos ao mundo dos vivos, mas nascemos destinados a morrer. Por isso a vida é uma aventura maravilhosa. Mais de uma vez na minha vida a morte rondou a cama, desta vez parece que vem com a foice em punho. Vamos ver o que acontece", disse ele ao jornal uruguaio Búsqueda.

Documentário intimista

Em 2018, Mujica foi tema do documentário El Pepe, Uma Vida Suprema, lançado no Festival de Veneza daquele ano e que entrou no catálogo da Netflix em dezembro de 2019.

Dirigido pelo sérvio Emir Kusturica, o filme mostra o ex-presidente em momentos íntimos com reflexões sobre a vida e o seu legado. Também há depoimentos de sua mulher, a ex-senadora Lucía Topolansky, e de outras pessoas do seu círculo pessoal e político.

O curioso é que, apesar de acompanhar Mujica em atividades cotidianas, em conversas com seus amigos e tomando seu mate na chácara onde vivia, Kusturica está com o político naquele que seria o seu último dia como governante do Uruguai --uma contradição que apenas enaltece a simplicidade daquele que foi chamado de o presidente mais pobre do mundo.

No bate-papo sincero, Mujica lembra as dores do período que passou preso, fala do quanto gosta de se isolar para refletir sobre a vida e a sociedade e até se abre sobre a decisão de não ter tido filhos com Lucía para se dedicar plenamente à política --com um fio de arrependimento nas entrelinhas.


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