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'PRÁTICAS ABUSIVAS'

Ministério Público pede suspensão de vendas por lives da empresa de Virginia

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

A influenciadora Virginia Fonseca com o cabelo preso, brinco prata brilhante e roupa rosa

Virginia Fonseca; segundo MP, imagem da influenciadora amplia a vulnerabilidade de consumidores

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 13/10/2025 - 16h29

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) entrou com um pedido na Justiça para que a WePink, empresa de cosméticos liderada por Virginia Fonseca, interrompa as vendas realizadas por meio de lives (transmissões ao vivo nas redes sociais).  A solicitação foi apresentada com urgência após denúncias de práticas abusivas atribuídas à marca da influenciadora --que, procurada pela reportagem, ainda não se manifestou.

Segundo informações do Bom Dia Goiás, da TV Globo, o órgão também solicita uma série de medidas emergenciais voltadas à proteção dos consumidores. De acordo com a Promotoria de Defesa do Consumidor, somente em 2025 a WePink já acumula mais de 90 mil reclamações no site Reclame Aqui, além de cerca de 340 registros oficiais no Procon entre 2024 e este ano.

As investigações conduzidas pelo Ministério Público identificaram falhas graves, como exclusão de críticas, atrasos prolongados na entrega --chegando a sete meses--, envio de produtos diferentes do anunciado ou com defeitos, ausência de reembolso e falta de solução para os problemas relatados pelos clientes.

Além da interrupção das lives de vendas, o MP requer que a empresa implemente um canal de atendimento com colaboradores humanos, com prazo máximo de 24 horas para resposta, e assegure o reembolso em até sete dias. A proposta inclui ainda a entrega obrigatória dos pedidos e prevê multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento.

O órgão também pede uma indenização coletiva de R$ 5 milhões por danos morais, permitindo que consumidores lesados possam reivindicar reparações individuais. O MP aponta o uso da imagem de Virginia Fonseca como fator que amplia a vulnerabilidade dos consumidores, especialmente dos mais jovens, que são atraídos pela confiança associada à influenciadora.

Publicidade enganosa?

O promotor responsável destacou que os próprios sócios da empresa admitiram, em uma live, ter vendido produtos sem dispor de estoque suficiente, o que caracteriza publicidade enganosa.

"A gente tinha 200 mil faturamentos por mês. A gente saltou de 200 mil faturamentos por mês para 400 mil faturamentos por mês", afirmou um dos sócios, Thiago Stabile, durante live gravada e compartilhada por consumidores nas redes sociais.

Segundo o promotor de Justiça Élvio Vicente da Silva, titular da 70ª promotoria de justiça, na mesma transmissão, Stabile disse: "De fato, tivemos um problema de abastecimento, porque a gente cresceu muito rápido. Algumas vezes, sim [demora], porque algumas matérias primas acabam, porque a gente vende muito".

A declaração de Thiago Stabile, marido de Samara Pink e sócio de Virginia na WePink, revelaria que a empresa teria continuado vendendo mesmo sabendo que não teria condições de entregar os produtos no prazo prometido de 14 dias úteis, caracterizando publicidade enganosa e má-fé contratual.

O Notícias da TV tentou contato com a assessoria de Virgina Fonseca nesta segunda (13), mas não obteve retorno até a publicação deste texto. Caso a equipe da influenciadora se pronuncie, ele será atualizado.


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