Justiça arquiva inquérito contra filho de Cid Moreira movido pela viúva do jornalista

A herança de Cid Moreira (1927-2024) segue correndo na Justiça com um novo desdobramento. Viúva do jornalista, Fátima Sampaio entrou com processo contra Roger Felipe Naumtchyk Moreira, pelo suposto crime de denunciação caluniosa, mas teve inquérito arquivado. 

O Notícias da TV teve acesso ao documento, assinado pela promotora Flavia Meschick de Carvalho Vieira, do MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro). O arquivamento do inquérito se deu devido ao reconhecimento da
"prescrição da pretensão punitiva estatal". O crime teria, então, sido prescrito.

Conforme é descrito na decisão, o filho adotivo do apresentador o acusa de tê-lo constrangido por a praticar ou permitir que com ele se praticassem, atos libidinosos diversos da conjunção carnal, causando-lhe sofrimento psicológico.

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Segundo a promotora, só se pode dizer que houve uma denúncia caluniosa ao fim do procedimento investigatório --algo que ainda não aconteceu no processo em questão.

Briga pela herança

A movimentação na Justiça começou quando Roger entrou com processo para assumir a administração dos bens de Cid Moreira. O cabeleireiro foi "deserdado" pelo comunicador após uma briga por e-mail em 2014, quando os dois travavam uma ação na Justiça.

O rapaz diz que não está interessado no dinheiro deixado pelo pai, mas que não concorda que a madrasta, Fátima Sampaio, fique com tudo. Em nota, a defesa da viúva nega as acusações.

Os advogados de Fátima apontam que Roger e Rodrigo Moreira, filho biológico de Cid, não ficarão com a herança por terem processado o patriarca. Segundo a lei brasileira, descendentes diretos podem ser deserdados caso tenham "acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua honra".