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ALAN FRANK

Ex-Polegar é alvo de ódio após acidente na motociata de Bolsonaro: 'Desejam morte'

ARQUIVO PESSOAL

Jair Bolsonaro e Alan Frank no ato com motociclistas no sábado (12), em São Paulo;

Jair Bolsonaro e Alan Frank no ato com motociclistas no sábado (12), em São Paulo; ex-Polegar sofreu acidente

ELBA KRISS

elba@noticiasdatv.com

Publicado em 15/6/2021 - 16h54

O ex-Polegar Alan Frank virou alvo de ataques nas redes sociais após sofrer acidente na motociata de Jair Bolsonaro, no sábado (12), em São Paulo. O empresário foi atropelado por uma moto ao fazer parte da comitiva. Por ter apoiado o presidente, ele tem recebido mensagens de ódio. "Como desejam a morte ou o mal de alguém? As pessoas prezam amor, mas discursam ódio. Um absurdo sem tamanho", lamenta.

"A reação de ódio é muito grande, uma coisa feia. Sou uma pessoa que aprendi a respeitar a todos desde pequeno. Eu nasci e fui criado dentro da televisão, um meio que tem muita diversidade. Me deixa muito triste que a maioria envie ódio. Tem pessoas me mandando mensagens, que eu bloqueei, em que falam: 'Pena que você não ficou paraplégico' ou 'você deveria ter morrido", relata ao Notícias da TV.

No último sábado, Frank participou da comitiva do presidente que circulou por São Paulo. Convidado por Celso Russomano, ele tomou café da manhã com Bolsonaro no aeroporto do Campo de Marte e partiu para a passeata de motos. Segundo ele, esse foi o erro.

"Nós estávamos com o adesivo da comitiva. Só que na hora que as motos começaram a sair criou-se uma grande confusão, pois tinha que ter um adesivo também no capacete e não tinham entregue para nós. Os batedores [da polícia] acabaram não identificando a gente no tumulto e ficamos para trás", conta.

Jair Bolsonaro (de costas) durante motociata em São Paulo (Foto: Reprodução/Instagram)

"Fomos em direção a Jundiaí pela Bandeirantes. Estávamos devagar, mas uma moto na minha frente com um casal começou a andar em zigue-zague e desequilibrou. Eu percebi que eles iam cair e reduzi [a velocidade], mas não dava para parar de vez porque tinha muita gente atrás. E esse casal, realmente, caiu", narra.

A queda da moto desencadeou o engavetamento. Frank foi atingido por uma das motocicletas e também tombou. Assustado, chegou a se erguer rapidamente do chão, mas foi atropelado por outro motorista na confusão.

Quando eu me levantei, eu estava de costas, veio outra moto e bateu com a roda nas minhas costas. Foi aí que tive a lesão. Eu deveria ter ficado deitado no chão, mas levantei com medo de ser atropelado por outras motos. Minha foto ficou caída, pois eu não tinha forças. Um rapaz levantou para mim e me tiraram de lá.

Frank, que também é médico --ele é especializado em Ofatlomologia--, ainda deixou a comitiva pilotando. Ele voltou para casa e só então foi ao Hospital Israelita Albert Einstein. O ex-cantor de 48 anos ficou internado de sábado até o início da tarde de segunda-feira (14).

Após exames, os médicos constataram que o ex-Polegar teve uma lesão na coluna lombar -- nas vértebras L2, L3, L4. Apesar de ser uma contusão séria, o artista não precisará de cirurgia. Sua recuperação será a base de forte medicação para dores, fisioterapia e uso de colete com estrutura de ferro -- desenvolvido para proporcionar estabilização e segurança à coluna lombar.

Atacado na internet

Ao falar sobre a hospitalização nas redes sociais, Frank se deparou com os ataques de quem não concorda com sua preferência política. Foi na internet também que ele viu o vídeo do exato momento em que caiu. A BandNews exibiu o acidente com os motociclistas ao vivo, e a cena viralizou nas redes sociais no fim de semana. "É esse vídeo, mas eu nem consigo me identificar", lamenta. 

É tudo pesado demais. E são pessoas que em sua maioria prezam tolerância. Mas não tem nada mais intolerante do que você desejar a morte de alguém ou que alguém fique paraplégico porque tem um posicionamento político diferente do seu.

A recuperação do empresário deve levar quatro semanas. Um dia após ter alta hospitalar, ele iniciou a fisioterapia em casa e apesar das dores, está focado em sua reabilitação. Ele tem uma clínica de oftalmologia em Alphaville, na Grande São Paulo, e lamenta ficar afastado do trabalho.

"Eu preciso trabalhar. Ficar sem trabalhar é ruim porque sou profissional autônomo. Quem não trabalha, não ganha. Eu tenho agenda, cirurgias marcadas, tenho paciente dependendo de mim. Sou muito ativo", destaca.

Apesar do infortúnio, Frank não se arrepende totalmente de ter participado do encontro com Bolsonaro, com quem conversou no dia. Ele pena apenas por ter aceitado o convite para a motociata, que estava repleta de apoiadores. "Na hora que eu vi que estava desorganizado, eu deveria ter ido embora", finaliza.

Veja o exato momento do acidente de Alan Frank:

Veja publicações de Alan Frank no Instagram: 


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