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Luis Fernando Veríssimo em entrevista; o escritor morreu aos 88 anos neste sábado (30)
O escritor Luis Fernando Veríssimo morreu aos 88 anos neste sábado (30), em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O cartunista teve um princípio de pneumonia e estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) há quase três semanas. Ele também foi um dos roteiristas do humorístico TV Pirata (1988-1992) e criou as crônicas Comédias da Vida Privada, que virou uma série na Globo entre 1995 e 1997.
A morte do escritor foi confirmada por familiares. Ele estava em estado grave no Hospital Moinhos de Vento, onde deu entrada em 11 de agosto
A saúde de Verissimo já era delicada nos últimos anos. Diagnosticado com doença de Parkinson, ele sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) em 2021, quando escrevia uma crônica em sua casa, em Porto Alegre.
O episódio afetou as habilidades cognitivas do cartunista, sobretudo na ordenação de pensamentos, mas não comprometeu a compreensão do que acontecia ao seu redor. O autor passou desde então por um processo lento de recuperação.
Além disso, em 2016, o escritor precisou se submeter a uma cirurgia para implantar um marca-passo definitivo devido a problemas cardíacos. Ele deixa a mulher, Lúcia Helena Massa, três filhos e dois netos.
Filho do consagrado escritor Érico Veríssimo (1905-1975), Luis Fernando nasceu em Porto Alegre, em 1936. Passou uma parte da infância nos Estados Unidos, já que o pai dava aulas de literatura brasileira nas universidades de Oakland e Berkeley.
Começou a carreira como revisor no jornal Zero Hora, de Porto Alegre, em 1966. Depois, trabalhou como tradutor no Rio de Janeiro. O primeiro livro foi publicado em 1973: O Popular.
Também ficou marcado por suas colunas em veículos como O Estado de S.Paulo e O Globo. Verissimo ficou conhecido por seu humor refinado e crítica social, virando uma figura central da literatura e do jornalismo brasileiros. Tem mais de 70 livros publicados e cerca de 5,6 milhões de cópias vendidas.
Seus personagens mais conhecidos estão em Ed Mort e Outras Histórias (1979), O Analista de Bagé (1981) e A Velhinha de Taubaté (1983). Escreveu ainda Comédias para se Ler na Escola e As Mentiras que os Homens Contam nos anos 2000.
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