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PATRÍCIA LEITTE

Rejeição e comparação com Suzane von Richthofen fizeram ex-BBB planejar suicídio

REPRODUÇÃO/TV GLOBO/INSTAGRAM

Montagem da participante Patrícia Leitte do BBB18

Patrícia Leitte no dia de sua eliminação do BBB18 e em postagem de fevereiro no Instagram; notáveis mudanças

DANIELE AMORIM

Publicado em 12/3/2020 - 5h25

"Você tem que morrer. Você é pior que a Suzane von Richtofen". A mensagem pesada fez a ex-BBB Patrícia Leitte planejar o suicídio. A ex-participante saiu do Big Brother Brasil 18 com recorde de rejeição em um paredão triplo. Teve 94,26% dos votos e, fora do confinamento, se deparou com o desprezo público. Em entrevista exclusiva ao Notícias da TV, ela revisita o trauma. "Quando eu saí, eu não tinha ninguém. Só tinha minha família", diz. 

Logo após ser informada de sua eliminação, o apresentador Tiago Leifert explicou por que ela foi tão rejeitada --até hoje, dois anos depois, o recorde de impopularidade continua sendo dela. "O Tiago falou que eu cometi dois erros graves em um reality: joguei a favorita no paredão e fiquei com o Kaysar [Dadour]", lembra. 

A sister ganhou o status de vilã por indicar a participante Gleici Damasceno, que se tornou a campeã da edição, em um paredão falso. Foi essa dinâmica que resultou na cena clássica da acreana descendo as escadas da cozinha e reproduzindo uma fala da protagonista de O Outro Lado do Paraíso (2017), Clara Tavares (Bianca Bin): "Vocês não imaginam o prazer que é estar de volta".

Apesar das desavenças com a eventual campeã e com o seu grupinho na casa, Patrícia não achava que isso seria um empecilho em sua vida pós-reality show. "Joguei para defender o meu amigo Diego [Souza]", reforça.

No entanto, ela encontrou outro cenário assim que botou os pés para fora da "casa mais vigiada do Brasil". "Perguntei à minha mãe onde estava meu filho. Ela me disse que era melhor ele não ir [à Globo] porque a situação estava séria", conta.

Foi depois de sua participação no Rede BBB que Patrícia se deparou com os primeiros comentários odiosos dos internautas: "Fui para o hotel com a minha família e a primeira coisa que eu pedi foi meu celular". Ela se chocou com o que viu. E, na volta para Fortaleza, cidade onde mora, foi orientada pela direção da escola de seu filho a não ir até lá, pois poderia causar constrangimentos ao menino.

A rejeição também provocou problemas profissionais --ela era funcionária pública e teve de abrir mão do posto para participar do reality. Sem conseguir trabalhar, optou por vender seu carro para pagar as contas. "Ninguém abriu as portas para mim. Olhei para a minha família e pedi perdão", relembra.

Pedido para Deus

Após receber várias mensagens ofensivas e com o medo de ter falhado, Patrícia decidiu tirar a própria vida e chegou a planejar cada detalhe. Mas, no mesmo dia em que se mataria, sua família recebeu a visita do pastor André Vitor. Sua irmã, Priscila, pediu que o pregador fosse até a casa depois de notar que a ex-BBB estava muito cabisbaixa.

Ele a levou para uma pregação do pastor André Valadão que, curiosamente, falava sobre rejeição. "Quando eu cheguei lá, Deus preparou um banquete de palavras para mim por meio do André Valadão. Passei o culto todo chorando. Deus me tocou e conseguiu tirar de mim esse sentimento do suicídio."

O episódio foi relembrado na noite de terça (10) em suas redes sociais. Patrícia abriu o jogo sobre o fundo do poço em uma postagem do Instagram: "Pensei sim em me suicidar, e isso não aconteceu porque Deus colocou anjos no meu caminho e minha família me deu muito amor a apoio", registrou.

Por causa a saída de Victor Hugo Teixeira do BBB20, também com alta rejeição nesta semana, Patrícia revelou que entrou em contato com a família do brother para apoiá-los: "Eu sei o terror que nós passamos e tenho muito medo de um dia um participante se matar. De acontecer com alguém o que quase aconteceu comigo".

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