ANÁLISE
REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Renata Saldanha na final do BBB 25; Globo não quer mais uma 'temporada esquecível' do reality
Depois de uma das temporadas menos vistas --e mais criticadas, diga-se de passagem-- do Big Brother Brasil, a Globo vai partir para o tudo ou nada em 2026. A emissora aparentemente não só ouviu o apelo do público pela volta de antigos participantes como também vai dividir com o telespectador uma tarefa árdua: a escolha do próprio elenco.
As primeiras regras anunciadas pela líder de audiência nesta segunda (29) vão dar mais poder às pessoas do outro lado da tela, seja os que acompanham a programação linear ou por novas plataformas. O site oficial vai funcionar como uma espécie de "base de comando", em que as decisões serão tomadas em conjunto com a audiência.
Essa é uma forma da Globo não só assegurar mais engajamento --que é fundamental para vender os seus produtos no mercado publicitário--, mas também é como se a emissora também “lavasse as mãos". Afinal, se um dos pontos mais criticados nas últimas temporadas foi a escolha do elenco, o próprio público agora tem o poder de definir quem entra, quem sai e até quem é substituído na edição.
Não à toa, o BBB 26 não vai ter uma, mas cinco casas de vidros espalhadas por todas as regiões do país. Boa parte dos integrantes vão vir delas, se reunindo em três grupos: os pipocas, com os anônimos; o camarote, com os famosos (dentro do possível); e os veteranos, com alguns nomes que já passaram pelo programa.
A Globo ainda vai ter de se desdobrar para mostrar o confinamento tanto na casa principal quanto no laboratório, que é uma estrutura bastante semelhante ao paiol de A Fazenda. Alguns participantes vão ficar confinados ali à espera de uma chance de entrar no jogo, tomando o lugar justamente de alguma “planta" (jargão para os que não se jogam tanto assim na competição).
O principal objetivo da emissora, com essas alterações, aparenta ser inflar os seus números na internet. Com a audiência em queda livre na TV Aberta, com o BBB 25 derretendo não só em São Paulo como no PNT (Painel Nacional de Televisão), os números das redes sociais são ainda mais importantes.
Afinal, a Globo nunca encontrou grandes dificuldades para vender cotas do Big Brother, mas não pretende facilitar para o azar –ainda mais em um cenário em que os investimentos publicitários estão cada vez mais pulverizados.
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