Por que o 'boa noite' de Bonner no JN ficou ainda mais valioso dentro da Globo?

O Jornal Nacional frequentemente é a maior audiência da TV brasileira, mas --de três semanas para cá-- o "boa noite" de William Bonner passou a valer alguns décimos a mais nos números da Kantar Ibope. Afinal, o principal jornal da Globo tem se valido de uma trinca de "T"s para registrar três recordes no último mês: a tornozeleira do ex-presidente Jair Bolsonaro, o tarifaço de Donald Trump e o topete de Odete Roitman (Debora Bloch) em Vale Tudo.

Um dos principais fatores que alavancou o JN na Grande São Paulo foi o fim de Força de Mulher (2024), na Record. Apesar de a emissora de Edir Macedo ter ficado com uma parte considerável dos "órfãos" da novela turca, a Globo conseguiu atrair alguns deles --que têm sido valiosos também para Vale Tudo.

Desde o casamento de Maria de Fátima (Bella Campos) --exibido justamente na semana em que Vale Tudo deixou de concorrer com o dramalhão turco--, a novela das nove parece ter ganhado fôlego no Ibope. 

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Ainda não se pode falar em sucesso, já que os índices seguem abaixo dos registrados por Renascer (2024), mas ao menos a trama se distancia aos poucos de um novo fracasso retumbante como o de Mania de Você (2024).

Merece atenção que o folhetim de Manuela Dias bateu os seus recordes de audiência até aqui praticamente nos mesmos dias que o Jornal Nacional. Quando não, a exemplo de segunda-feira (21), ficou a décimos de superar a sua melhor marca na capital paulista.

Outro ponto que ajuda a explicar o bom desempenho do telejornal é o noticiário bastante aquecido, principalmente com o tarifaço que Donald Trump promete impor ao Brasil a partir de 1º de agosto. Até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordou o assunto em pronunciamento em rede nacional.

Não à toa, o maior público do JN foi registrado justamente com a cobertura sobre o risco real de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Até a escalada, momento em que os âncoras antecipam as principais notícias do dia, deu destaque ao episódio.