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COMENTARISTA NO SPORTV

Joanna Maranhão critica cobrança excessiva nas Olimpíadas: 'Atleta não tem obrigação'

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Joanna Maranhão no programa Ohayo Tóquio, no SporTV: ela usa camisa azul com os logos do SporTV e Globo

Joanna Maranhão é comentarista de natação do SporTV nos Jogos Olímpicos de Tóquio

Na quarta-feira (28), Joanna Maranhão participou do programa Ohayo Tóquio, no SporTV e apoiou a ginasta norte-americana Simone Biles na decisão de desistir da competição individual geral da modalidade nos Jogos Olímpicos. A recifense disse ao Notícias da TV que tentou mostrar que o atleta não tem obrigação nenhuma de atender à expectativa excessiva do torcedor em relação ao seu desempenho.

"É para fazer o público entender que a expectativa que ele gera é ele mesmo que criou. O atleta que está lá não tem obrigação absolutamente nenhuma [de atender] porque ele tem sua própria expectativa para lidar", explica a ex-nadadora, que estreou como comentarista olímpica no canal fechado. 

No programa, a ex-atleta ressaltou que a escolha da norte-americana de cuidar da sua saúde mental foi um passo importante para que se discuta o comportamento dos atletas. Ela pontuou:

Não há mais nada mais forte que você ter coragem de mostrar sua vulnerabilidade. Me pegou muito quando ela fala: eu vou ter que parar por um momento para olhar para mim. Que grandioso que ela fez isso, ninguém vai tirar o que ela conquistou, mas o que ela está fazendo aqui... Ela está humanizando o esporte de alto rendimento, e isso tem um valor imenso.

Joanna comenta que sempre fala sobre a questão psicológica no esporte para que a discussão também chegue no público. "O que me encoraja a falar sobre isso é ver a necessidade de tocar nesse assunto, de a gente desmistificar essas ideias muito engessadas sobre o atleta de alto rendimento", frisa. 

Das piscinas para a televisão

Mestranda em uma universidade na Bélgica, Joanna Maranhão conseguiu conciliar sua rotina para estar na bancada do SporTV. É a primeira vez que a ex-atleta desempenha esse papel de comentarista nos Jogos Olímpicos

Acostumada com as competições de natação desde a juventude, ela reforça que estar do "outro lado do balcão" é muito mais difícil. Para isso, estuda duas horas para cada prova e se concentra em fatos interessantes sobre as participações dos países:

Assistir é muito mais difícil do que competir porque, por mais que eu tivesse ansiedade quando ia nadar, era eu. A conta vinha pra mim e eu tinha como extravasar na prova. [Já] ver seus colegas... Você não tem o que fazer. E quando não vai bem, você quer dar um suporte. 

Esse momento chegou quando a equipe feminina brasileira não conseguiu se classificar nas eliminatórias do revezamento de 4x200 m. O desabafo aconteceu nas redes sociais de Joanna, mas ela também fez questão de mandar mensagem para as competidoras. "Eu acho que a natação feminina no Brasil está no alerta vermelho e algum trabalho precisa ser voltado para essas meninas. Isso nunca aconteceu", pontua. 

Mas não é só de frustrações que se faz uma cobertura olímpica. A comentarista do SporTV pôde se aproximar dos outros ex-atletas que participam da programação do canal pago. Eles estavam juntos quando a ginasta Rebeca Andrade ganhou a medalha de prata --na mesma prova que Simone Biles optou por desistir. 

A ex-nadadora também está radiante com o companheiro de bancada, o narrador Milton Leite: "Eu estou sentando do lado dele para poder comentar... Como é que você pode pedir algo mais do que isso? A serenidade, a maneira com que ele senta, faz o estudo. É um cara incrível. Acho que só de ter a oportunidade de estar do lado dele está sendo sensacional", finaliza Joanna.


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