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WERNER SCHÜNEMANN

Vilão pedófilo fez ator da Globo parar na UTI com crise de abstinência

VICTOR SILVA/SBT

Werner Schünemann em cena de Z4, série que o SBT apresentará a partir de quarta (25) - VICTOR SILVA/SBT

Werner Schünemann em cena de Z4, série que o SBT apresentará a partir de quarta (25)

GABRIEL PERLINE

Publicado em 23/7/2018 - 5h49

Já se passaram oito anos desde que Werner Schünemann deu vida ao vilão pedófilo Saulo Gouveia em Passione, na Globo. Pela primeira vez ele conta um segredo de bastidores sobre sua participação na novela: ele provocou em si mesmo uma crise de abstinência para dar mais vivacidade ao personagem e acabou na UTI de um hospital do Rio de Janeiro.

"Fui ficando doente por causa do Saulo. Na época, eu já tinha problemas de pressão alta e colesterol, e tomava remédios, um desses betabloqueadores. E essas coisas dão uma deprimida na gente", lembra.

A intenção de Schünemann era fazer de Saulo um cara completamente ensandecido. Para isso, quis provocar em si próprio uma crise de abstinência, mas nunca ficou satisfeito com os resultados nos ensaios. Eis que veio a ideia de suspender os medicamentos que tomava por conta dos problemas de saúde.

"Eu queria me perder completamente, me ensopar de suor, e isso não acontecia porque os remédios fazem uma limitação química. Liguei para o médico e disse que iria cortar os remédios. Tirei e deu certo. Fiz coisas de uma loucura, psicopatia. Mas num dia de gravação acabei parando na UTI. Poderia ter morrido ou ter tido um derrame, mas faria isso de novo em prol do meu trabalho", afirma.

Saulo era um sujeito capaz de cometer todos os tipos de atrocidades, desde aplicar o golpe na própria mãe, Bete (Fernanda Montenegro), a estuprar uma garotinha de sete anos. E Werner Schünemann quis que seu vilão fosse bastante parecido com o psicopata Jack Torrance, papel de Jack Nicholson no clássico O Iluminado (1980), filme de Stanley Kubrick (1928-1999).

BLENDA GOMES/tv GLOBO

Werner Schünemann como o vilão Saulo, na novela Passione, exibida em 2010 pela Globo

"O Jack Nicholson fazia coisas parecidas. Ele tem umas histórias... Ficava cheirando, cheirando, cheirando, e depois ele cortava [a cocaína] para entrar naquela fissura, e foi mais ou menos o que eu fiz. O Nicholson sempre cheirou muito, então para ele foi fácil. Mas não é tão fácil assim se você não for ator. E o Saulo tem muito dos olhares de Nicholson em O Iluminado", justifica.

Embora tenha se destacado em Passione e em diversas outras novelas da Globo, ele não teve o contrato renovado após o fim de Tempo de Amar, novela das seis que chegou ao fim em março. Foram 13 novelas e cinco séries ao longo de 15 anos na casa, e agora ele se prepara para estrear no SBT, na série Z4, uma coprodução da emissora com a Disney e com a Formata.

"O fato de ter a Disney envolvida me interessou muito, pois esse trabalho será distribuído para muitos países", diz. "Outro fator foi o personagem. Quando li a história do Zé Toledo, ela me interessou. Não quero mais cumprir expediente. Tenho 59 anos de idade e 39 de carreira. Quero escolher. Gosto de vir e ser feliz aqui."

O divertido Zé Toledo, interpretado por Schünemann, é o responsável por unir quatro garotos talentosos e formar uma boyband. A saga desse grupo é o mote de Z4, série protagonizada por Pedro Rezende, Gabriel Santana, Apollo Costa e Matheus Lustosa, que estreia nesta quarta (25) no SBT.

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