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Netflix abre a caixa-preta, mas fenômeno Elite não chega aos pés de série da Globo

Manuel Fernandez-Valdes/Netflix

Mina El Hammani (Nadia) e Danna Paola (Lu) em cena da primeira temporada da espanhola Elite - Manuel Fernandez-Valdes/Netflix

Mina El Hammani (Nadia) e Danna Paola (Lu) em cena da primeira temporada da espanhola Elite

LUCIANO GUARALDO

Publicado em 20/1/2019 - 6h47
Atualizado em 20/1/2019 - 7h12

A Netflix finalmente abriu sua caixa-preta e divulgou alguns dados de audiência de suas séries, um segredo que guardava desde 2013. Para quem esperava números de arrasa-quarteirões, porém, os índices decepcionaram: a espanhola Elite, que virou fenômeno no Brasil, foi vista em cerca de 20 milhões de domicílios no mundo todo em seu primeiro mês na plataforma. Não chega aos pés do que Sob Pressão, produção médica da Globo, faz apenas no Brasil.

Segundo dados divulgados pela emissora brasileira em plano comercial, a primeira temporada da série estrelada por Júlio Andrade e Marjorie Estiano alcançou 105 milhões de espectadores, com uma audiência média de 40 milhões de pessoas a cada exibição --o cálculo tem base em uma projeção do alcance da Globo.

Ou seja: uma série brasileira na TV aberta consegue, apenas em território nacional, mais público do que uma produção badalada (e amplamente divulgada) da Netflix no mundo todo. Os números mostram que o streaming já é uma força relevante, mas ainda está longe de ameaçar a liderança de grandes redes. Para a Globo, a Netflix é um competidor mais ou menos do tamanho de Record ou SBT.

Na reunião com seus acionistas, na semana passada, a Netflix também informou que séries recentes como You e Sex Education devem completar quatro semanas no ar sendo vistas por cerca de 40 milhões de assinantes. A empresa leva em consideração se o usuário viu pelo menos 70% de um único episódio nesse período na hora de incluí-lo na estatística.

Já coproduções da plataforma como a inglesa Segurança em Jogo (que rendeu o Globo de Ouro de melhor ator para Richard Madden), a italiana Baby e a turca O Último Guardião alcançaram um público de 10 milhões.

Esses, é claro, são números que a Netflix se sentiu confortável para divulgar. Dá para imaginar que são índices fora da curva, muito acima da média da plataforma. O que significa que séries canceladas sem piedade pela empresa, como Gypsy (2017) e Caso de Polícia (2018), que não passaram da primeira temporada, são muito piores.

divulgação/netflix

Sandra Bullock em cena do filme Bird Box: público para ficar entre filmes mais vistos de 2018

Sandra Bullock brilha
Mas nem só de audiências questionáveis vive a Netflix. A plataforma também revelou que o filme Bird Box, lançado no fim do ano passado, já foi visto por mais de 80 milhões de espectadores --muitos deles viram mais de uma vez. Segundo dados revelados nesta semana, a empresa fechou 2018 com 139 milhões de assinantes.

Como o preço médio do ingresso de cinema nos EUA em 2018 foi de US$ 9,14, o longa com Sandra Bullock teria uma bilheteria mundial de US$ 734,4 milhões (R$ 2,7 bilhões) caso fosse exibido nas telonas. Seria um valor suficiente para colocá-lo em décimo lugar na lista dos filmes que mais arrecadaram no ano.

O drama com Sandra vendada ficaria à frente de Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindewald (que está no universo bilionário de Harry Potter), de Homem-Formiga e a Vespa, e de Oito Mulheres e um Segredo, também estrelado por Sandra Bullock.

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