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Nova temporada

Erick Jacquin vive o verdadeiro Pesadelo na Cozinha: briga, vomita e chora na TV

Carlos Reinis/Band

O chef Erick Jacquin comanda a nova temporada do reality Pesadelo na Cozinha, que estreia nesta terça (27) - Carlos Reinis/Band

O chef Erick Jacquin comanda a nova temporada do reality Pesadelo na Cozinha, que estreia nesta terça (27)

FERNANDA LOPES

Publicado em 27/8/2019 - 5h17

A nova temporada do Pesadelo na Cozinha, que estreia nesta terça (27) na Band, vai mostrar Erick Jacquin em uma oscilação de emoções. Ao tentar ajudar cozinheiros a salvarem restaurantes à beira da falência, o chef se irrita, briga e grita. Às vezes, a tensão é tão grande que Jacquin até chora e passa mal. As câmeras flagram todo o seu sofrimento no reality, inclusive um momento em que ele vomita de nojo da comida.

Nesta temporada, serão sete restaurantes visitados pelo chef francês. Todos passam por sérios problemas financeiros, estruturais e pessoais. A missão de Jacquin é ajudar os funcionários a enxergarem os problemas e também apresentar possíveis soluções, mas essa jornada nunca é fácil.

Em um dos novos episódios, Jacquin vê que o restaurante recebeu um fornecimento de quilos de carne, que estavam na escada do local, descongelando. Em seguida, ele descobriu que havia um freezer no local, repleto de carnes. Mas o dono desligava o equipamento todas as noites para economizar energia, ignorando que a falta de congelamento prejudica muito a qualidade do alimento.

Nesse ponto, Jacquin já havia provado a comida do restaurante, e ao ver as condições de armazenamento, foi para uma pia vomitar. "Foi algo que me marcou de forma nojenta. Coisa que você nem imagina que pode existir. A gente tomou a decisão de jogar toda a mercadoria fora. Ele [o dono do local] ficou bravo. Mas a gente jogou tudo no lixo para começar tudo de novo", conta.

O jurado do MasterChef Brasil diz que resolver problemas de falta de higiene ou reformas é muito fácil perto dos imbróglios de relacionamento e das dificuldades de vida das pessoas que trabalham nos lugares que ele visita durante o programa.

"Eu dei uma bronca numa dona de restaurante. Ela começou a chorar, falou que morava em Cotia [Grande São Paulo]. E eu falei: 'E daí? Problema seu'. Mas ela disse que ia e voltava do trabalho de ônibus, todo dia. Então eu fiquei muito emocionado de ver uma dona de restaurante, de um bairro nobre de São Paulo, que vai e volta todo dia do trabalho de ônibus, corre riscos, leva todos os problemas que ela tem dentro do ônibus. Isso muda a visão sobre esse mundo da gastronomia", diz.

"É muito mais fácil falar das coisas nojentas, horríveis, do que falar das coisas relacionadas à emoção. O maior problema é moral, é depressão, é ter uma luta todo dia para não brigar, para se entender. Acho que a dificuldade disso me pegou muito mais do que ver uma geladeira suja. Eu chorei. Às vezes, eu briguei, eu xinguei, quase quebrei, mas eu saí para chorar", confessa.

Reforma express

Cada episódio do Pesadelo na Cozinha é gravado em cinco dias. O diretor do programa, Maximiliano Sola, explica a rotina de cada programa:

"Na segunda, o Jacquin degusta a comida e depois conhece a cozinha; é o que gera esse vômito às vezes, quando ele descobre como foi feita a comida. A terça é para ver o serviço, e ele cria um prato pra galera. Na quarta, a gente sai para começar a mudança real [alguma gravação externa para tirar o cozinheiro daquele ambiente e provocar reflexão]. Na quinta, entregamos o cardápio e o restaurante novo, e na sexta é a reabertura do restaurante".

São cinco dias intensos, de longas diárias de gravação e algumas faíscas --em um episódio, Jacquin queria desistir de tudo e largar o restaurante sem solução, mas foi convencido pelo diretor a encarar o desafio.

O próprio Jacquin já teve um restaurante que foi à falência. Ele acredita que por esse motivo tem a experiência necessária para tirar outros estabalecimentos da crise. 

"É sempre difícil entrar na casa dos outros e falar: 'Cara, tá errado, tua comida é uma merda'. Às vezes eles [participantes] me respeitam, às vezes não. Às vezes falam mal de mim, usando palavrões muito fortes. Mas com o tempo eles vão percebendo que eu estou certo. Eu não faço qualquer coisa, não tomo decisão sem analisar, sem consultar nossa equipe de gastronomia, sem consultar arquitetos se vai funcionar. É uma equipe de trabalho, eu sou só o porta-voz", afirma.

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