Menu
Pesquisar

Buscar

Facebook
X
Instagram
Youtube
TikTok

ATRÁS DAS CÂMERAS

De café a sacolé: Apresentadores usam colegas para testar novos negócios

REPRODUÇÃO/RECORD E SBT

Os jornalistas William Travassos, ex-Record, Salutiel Filót, do SBT e Carlos Nascimento

William Travassos, Salutiel Filót e Carlos Nascimento: apresentadores passaram a empreender

REDAÇÃO

Publicado em 10/11/2019 - 6h05

Já imaginou comer na pizzaria de um apresentador da Record ou tomar café de grãos colhidos na fazenda de Carlos Nascimento? As duas opções são reais e possíveis. Na contramão da crise, rostos conhecidos da televisão decidiram usar o momento complicado da economia brasileira para empreender. É o caso de William Travassos, que foi âncora de telejornais na Record durante 15 anos, e do rosto mais conhecido do Jornalismo do SBT.

Sócio de duas conceituadas pizzarias, Travassos viu o plano B virar plano A. Assim como Carlos Nascimento, Salutiel Filót, apresentador de telejornais no SBT do Rio de Janeiro, usou seus colegas para testar um produto curioso: sacolés, também conhecidos como geladinhos.

Conheça as histórias de quatro apresentadores que viraram empreendedores:

REPRODUÇÃO/RECORD

Ex-apresentador da Record, William Travassos é sócio de pizzarias em SP e no RJ


William Travassos

William Travassos, conhecido por ter ancorado o São Paulo no Ar em sua época de ouro, entre 2009 e 2015, está fora do ar desde 2018, mas usou parte de seu salário como apresentador da Record para abrir duas pizzarias em sociedade com amigos. A mais recente, em Higienópolis, bairro nobre de São Paulo, foi inaugurada em setembro de 2018, dois meses antes do término de seu contrato com a emissora de Edir Macedo.

Seu primeiro empreendimento foi em 2017, no Rio de Janeiro, em parceria com um antigo colega de rádio. Em São Paulo, ele é sócio da badalada Ciccillo, que consumiu um investimento de cerca de R$ 1,9 milhão. A casa, onde uma pizza não sai por menos de R$ 60, decolou rapidamente. 

As pizzarias viraram ponto de encontro de profissionais da Record --a confraternização de fim de ano das equipes do Cidade Alerta e do Balanço Geral, em 2018 foi na filial paulistana. Elogiadas pela crítica especializada, suas casas também atraem famosos como Rodrigo Bocardi, da Globo, Karyn Bravo, da Cultura, e a atriz Marisa Orth.

"A gente pensa sempre no plano B. Eu acho que é importante ter um plano B, independentemente de qualquer coisa, e a pizzaria entrou como esse meu plano. E é um grande barato fazer isso também, eu curto muito", revela o jornalista ao Notícias da TV. Para Travassos, o sucesso de seus empreendimentos não se deve à sua exposição de mais de uma década em jornalísticos da Record.

"Não acho que tenha relação. Pode ter ajudado, mas o sucesso tem muito mais a ver com o meu sócio, que já era alguém da minha confiança, um amigo, que já tinha ficado 22 anos em uma pizzaria. Nunca falei dela no ar. O público foi atraído pelo trabalho da nossa equipe", conta.

REPRODUÇÃO/SBT

O jornalista do SBT, Carlos Nascimento, é dono de uma fazenda no interior de São Paulo


Carlos Nascimento

Um dos nomes mais conhecidos do jornalismo brasileiro, titular do SBT Brasil desde 2014, Carlos Nascimento investiu duplamente: primeiro, comprou uma fazenda em São Paulo e depois, no plantio de grãos e frutos. Dentre eles, um se destacou: o café.

Há alguns anos, ele passou a vender café de sua propriedade para a equipe de Jornalismo do SBT. Até o ano passado, uma embalagem de 250 gramas era comercializada por R$ 50 --dez vezes mais caro do que o café vendido em supermercados.

Apesar do valor acima da média do mercado, boa parte dos profissionais da emissora já tiveram a oportunidade de provar a iguaria. Não é raro que Nascimento promova pequenas degustações nas reuniões de produção do SBT Brasil.

REPRODUÇÃO/SBT

O jornalista João Fernandes produzia hambúrgueres e os vendia nos corredores da emissora


João Fernandes

Além de apresentar o SBT Notícias nas madrugadas durante três anos, entre 2016 e 2019, João Fernandes produzia hambúrgueres caseiros e os vendia na Redação da emissora. O atual repórter da TV Tem, afiliada da Globo no interior de São Paulo, também aceitava encomendas do público em geral, mas de forma mais discreta.

O jornalista não fazia publicações sobre seus produtos, mas os exibia em seus Stories do Instagram, ferramenta que apaga automaticamente a publicação após 24 horas. Quando era abordado por algum internauta mais curioso, explicava que era uma produção dele e fornecia mais detalhes.

Fernandes chegou a demonstrar seu hobbie no ar. Em 2018, ficou em terceiro lugar na edição especial de fim-de-ano do Bake Off Brasil, que reuniu artistas da emissora. Pouco depois, em fevereiro de 2019, participou do programa SBT Gourmet, da afiliada de Ribeirão Preto, e deu dicas de culinária aos telespectadores.

REPRODUÇÃO/SBT

Jornalista do SBT no Rio de Janeiro, Salutiel Filót passou a empreender com venda de sacolés


Salutiel Filót

Contratado do SBT há cinco anos, o jornalista Salutiel Filót não se contentou com um salário fixo mais comissão sobre cinco merchandisings diários no SBT Cidade, telejornal do horário nobre da região de Nova Friburgo, no interior do Rio de Janeiro.

Ele usou suas economias para investir em seu próprio negócio e começou a produzir sacolés (também chamado de dindins, geladinhos e chup-chups) em versão gourmet, inicialmente para seus amigos na Redação. Em um Estado onde a temperatura ultrapassa a barreira dos 40 graus, ele apostou em sabores inusitados para conquistar o público, como creme de avelã, queijo com goiabada e mousse de maracujá.

A empreitada, que começou como um hobbie, foi aprovada pelos colegas do jornalista na Redação e tomou proporções muito maiores. Os sacolés começaram a ser comercializados para o público em geral em um aplicativo de delivery, com pedido mínimo de quatro unidades (R$ 20). Além disso, Salutiel também começou a fornecer o produto para revendedores de rua.

Mais lidas


Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.