Datena anuncia candidatura em SP e alfineta políticos: 'Nunca roubei na minha vida'

José Luiz Datena anunciou que será candidato pelo MDB nas eleições municipais de São Paulo. Ele, porém, ainda não decidiu se vai concorrer ao cargo de prefeito ou de vice-prefeito. Ao confirmar sua candidatura no início da tarde desta quinta-feira (11) , o apresentador da Band alfinetou políticos: "Nunca roubei na minha vida. Posso não ser o melhor candidato, mas ladrão eu não sou", afirmou.

As declarações foram feitas enquanto ele entrevistava o jornalista Leo Dias No Papo com Datena, o seu canal no YouTube. Questionado sobre se voltaria a ser candidato neste ano, o âncora do Brasil Urgente respondeu: "No meio desse monte de coisa, eu tenho, na realidade, duas propostas: Uma, bem clara, de ser candidato a vice. Praticamente acordada", disse.

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"Tem também a probabilidade de ser candidato a prefeito", admitiu, logo em seguida. Em 2018, Datena chegou a anunciar sua candidatura ao Senado, mas acabou recuando por não ter experiência na política. "Estou mais próximo de ser candidato dessa vez, ou a vice, que aí eu não saio com o nariz no vento e vou no vácuo de alguém até aprender como administrar uma cidade", continuou. "Acho que para ser prefeito direto, é meio complicado", afirmou.

O jornalista revelou que desta vez seus filhos não estão mais tão preocupados com sua saída da TV para entrar no meio político. "Ano passado houve certa resistência. A pessoa que mais me apoiou foi minha mulher. Agora, o povo [de casa] não está nem aí mais comigo", brincou o apresentador.

Datena contou que sua principal motivação é ajudar as pessoas: "Estou vendo tanta roubalheira no meio da pandemia... Está na hora de dar uma virada na minha cadeira. Gostaria de ajudar muita gente", assegurou. "A chance é maior do que quando concorri ao Senado", também disse.

Racismo

Durante a live, Datena teve problemas técnicos e reclamou bastante de sua própria equipe. O apresentador da Band entrevistou também o produtor Kondzilla, com quem falou sobre racismo e mencionou a morte de George Floyd, nos EUA. "Aquele assassino, canalha, pagou fiança e saiu da cadeia", revoltou-se ao falar sobre o policial que sufocou Floyd.

Ele também mencionou a morte do menino Miguel, de apenas cinco anos, filho de uma empregada doméstica e que comoveu o país no final da semana passada. "Eu sempre disse que o Brasil é racista. É um negócio impressionante, faz parte da nossa história, foram 400 anos de escravidão", lamentou. "Aqui tem muito racismo velado, que é até mais repugnante", afirmou o jornalista.

Durante a conversa com o músico, o âncora do Brasil Urgente afirmou também que não acredita em imprensa livre e que a internet, atualmente, é o maior "meio de comunicação". Por isso, precisa seguir algumas regras.

"A internet deve responder algumas leis que nós, jornalistas, também seguimos, para que não haja tanto ódio, barbaridade, fake news, ameaça de morte... Isso é inadmissível. Notícias falsas é algo a ser combatido e surge na internet", declarou.

Confira a íntegra da entrevista com Kondzilla e Leo Dias: