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EM CRISE

Às vésperas de completar 20 anos, RedeTV! demite apresentadores e repórteres

REPRODUÇÃO/REDETV!

Fernando Navarro, Bibiana Bolson e Luiz Ceará na RedeTV!

Fernando Navarro, Bibiana Bolson e Luiz Ceará foram demitidos da RedeTV!, que passa por crise financeira

GABRIEL PERLINE

Publicado em 11/11/2019 - 19h10

Em crise e prestes a completar 20 anos de existência, a RedeTV! iniciou a semana com uma grande lista de cortes no Jornalismo. Nesta segunda-feira (11), foram demitidos apresentadores, repórteres, comentaristas e correspondentes. Entre os dispensados estão Fernando Navarro, Bibiana Bolson e Luiz Ceará, todos da área de Esporte.

Também estão na lista de profissionais do vídeo que tiveram seus contratos encerrados os correspondentes Luciano Jr. (de Paris) e Luciana Camargo (de Nova York), Diego Molinaro (chefe de rede) e Claudia Barthel, que vinha substituindo Amanda Klein, de licença-maternidade, na bancada do RedeTV! News.

Em nota, a RedeTV! confirmou o desligamento de profissionais do Jornalismo e citou a crise econômica nacional como responsável, mas não forneceu a lista dos demitidos nem tampouco a quantidade de funcionários que entraram no corte:

"A RedeTV! promove uma reestruturação em diversos departamentos. Tratam-se de medidas para adequar a emissora após anos de retração do mercado de televisão, como é de conhecimento geral. Ajustes se fazem necessários visando a continuidade saudável da empresa no momento de austeridade atual."

"Por último, como visto nestes 20 anos, o canal segue acreditando no mercado e no país e com o previsto reaquecimento da economia serão retomados os investimentos", informou a emissora ao Notícias da TV.

O clima em todos os setores da RedeTV! é de indignação, revolta e decepção. Funcionários ouvidos pela reportagem, sob a condição de sigilo, relataram que os sócios tentam convencer a todos de que há uma crise financeira, mas eles próprios não abrem mão de luxos que custam caro aos cofres da emissora.

"Eles só se locomovem de helicóptero, fazem viagens caras o tempo todo e ostentam luxo em capas de revista, e preferem cortar na carne dos funcionários", desabafou um dos funcionários demitidos.

Em 21 de outubro, os jornalistas fizeram um protesto após a emissora anunciar que faria uma redução salarial e cortaria o pagamento das horas extras, que poderia chegar a uma redução de 40% contracheques. No dia seguinte, eles entraram em greve. A paralisação fez com que a direção voltasse atrás na decisão.

Em 29 de outubro, todos foram surpreendidos com um comunicado que chegou por e-mail: a emissora havia trocado o plano de saúde de seus funcionários por um de qualidade e abrangência inferiores. Além disso, o modelo adotado a partir daquele momento era o de coparticipação, no qual o beneficiário teria que pagar 20% dos valores das consultas, exames, internações ou cirurgias que viessem a fazer, gerando mais revoltas e descontentamento.

Até o momento, os cortes atingiram somente o setor do Jornalismo. Mas funcionários de outros departamentos acreditam que todas as áreas serão afetadas.

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