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Nostalgia

Série de maior audiência da TV dos Estados Unidos, MASH completa 45 anos

Imagens: Divulgação/CBS

O ator Alan Alda em MASH; público do episódio final exibido em 1983 é recorde até hoje - Imagens: Divulgação/CBS

O ator Alan Alda em MASH; público do episódio final exibido em 1983 é recorde até hoje

JOÃO DA PAZ

Publicado em 15/9/2017 - 5h33

Única série da história da TV norte-americana a ultrapassar a marca de 100 milhões de telespectadores, MASH completa 45 anos neste domingo (17). A comédia sobre um hospital militar durante a Guerra da Coreia (1950-1953) atingiu o topo no último episódio, sintonizado em 77% das casas com televisores nos Estados Unidos.

MASH teve 11 temporadas e 251 episódios no total, cada um com 30 minutos, menos o último. O desfecho foi em formato de telefilme e ficou duas horas e meia no ar. Exibido em 28 de fevereiro de 1983, pela rede CBS, Goodbye, Farewell and Amen (Adeus, Despedida e Amém) foi visto por 106 milhões de pessoas.

Na época, o episódio superou o emblemático A House Divided, de Dallas, exibido em 1980, sobre o mistério envolvendo a morte do personagem J.R. Ewing (Larry Hagman). O capítulo provocou os telespectadores a responderem a pergunta "Quem Matou J.R.?" e a questão entrou para o folclore da TV.

O adeus de MASH segurou durante 27 anos o recorde de maior audiência nos EUA, sem importar qual tipo de atração (esporte, jornalístico, série). Só foi superado em 2010 pela final da NFL, chamada de Super Bowl.

Desde então, a cada ano a decisão da liga profissional de futebol americano consegue atrair mais de 100 milhões de telespectadores, o que deixa MASH atualmente com a nona maior audiência da história. Porém, segue sendo a número um entre as atrações não esportivas.

A CBS fez uma produção especial para finalizar MASH. Nada menos do que 200 jornalistas cobriram as últimas cenas da série. Tratado como um superevento, cada comercial de 30 segundos foi vendido por US$ 450 mil, valor maior até do que o dos intervalos do Super Bowl, a coqueluche do mercado publicitário. Só com propagandas, a CBS arrecadou US$ 25 milhões. O episódio custou US$ 1 milhão.

Bastidores da série MASH: Guerra da Coreia encenada no quentíssimo Estado da Califórnia

Venceu o cancelamento
Em 1972, os canais pagos se preparavam para dar os primeiros passos (a HBO entrou no ar em novembro) e as três redes de TV aberta dos Estados Unidos (ABC, CBS e NBC) eram as grandes produtoras de séries. O pouco espaço aumentava a concorrência, e MASH sofreu com isso.

A primeira temporada foi um fracasso de audiência, sequer conseguiu um espaço no top 30 da televisão. A comédia correu o risco de ser cancelada, mas uma mudança estratégica alterou o rumo. A CBS escalou o segundo ano de MASH para ser exibido após All in the Family (1971-1979), então líder de público. O pulo do gato surtiu efeito, e MASH terminou a temporada 1973-1974 na quarta colocação.

MASH nunca chegou ao topo da lista de audiência, dominada nos 11 anos de exibição por séries como Dallas (1978-1991), Happy Days (1974-1984) e Laverne & Shirley (1976-1983), além de All in The Family. Contudo, MASH melhorou seu desempenho após a segunda temporada e virou sucesso.

A série correu outro risco de sair do ar após a oitava temporada, de acordo com uma reportagem do jornal Chicago Tribune, publicada em 1979. MASH estava próximo de atingir a marca emblemática de 200 episódios, e o ator Alan Alda confessou que havia um receio de que a repetição de histórias cansasse o público.

A sigla MASH significa Mobile Army Surgical Hospital (Hospital Cirúrgico Móvel do Exército). A série se baseou no filme homônimo (1970) indicado ao Oscar, que por sua vez se inspirou no livro de mesmo nome lançado em 1968.

No Brasil, a atração era exibida no horário nobre pela extinta TV Tupi e pela Bandeirantes, às 21h. Por aqui, só foram ao ar as cinco primeiras temporadas.

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