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LEE TAYLOR

Policial psicopata em A Dona do Pedaço, ator vive 'bandido do bem' na Netflix

Reprodução/Netflix

Lee Taylor no presídio em que foi gravada a série A Irmandade, da Netflix

O ator Lee Taylor em cena no presídio da série A Irmandade, próxima atração nacional da Netflix

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 11/10/2019 - 5h00

Atualmente alvo do ódio dos brasileiros por viver o policial Camilo em A Dona do Pedaço, Lee Taylor surgirá do outro lado da lei na série A Irmandade, que a Netflix estreia no próximo dia 25. Na atração nacional, ele vive o bandido Ivan, dono de uma índole muito melhor do que o psicopata que aterroriza Vivi Guedes (Paolla Oliveira) na novela das nove.

O novo personagem de Taylor é um rapaz que, para sair da cadeia, acaba se juntando a uma facção, a Irmandade que dá título à série. Na associação criminal, ele ganha acesso à advogada Cristina (Naruna Costa), infiltrada pela polícia para investigar os criminosos --inclusive o próprio irmão, Edson (Seu Jorge), líder da facção.

Encantado pela moça, Ivan acaba se envolvendo com ela ao mesmo tempo em que fica cada vez mais enredado no grupo de bandidos. Precisa se sujeitar a algumas ações que vão contra o próprio desejo e o seu código de conduta.

A dualidade entre o homem da lei malvado e o criminoso bonzinho não passa em branco para o ator de 35 anos, um estudioso feroz da arte da atuação --com direito a mestrado em Pedagogia do Teatro e que até deu aulas em universidades.

"Sempre que vou escolher um trabalho, avalio muito se ele olha para o ser humano de uma maneira generosa, ampla, dialética. Não quero ficar em um lugar já visto, explorado, estereotipado. Acho o personagem mais rico se há uma complexidade, é o que me move como artista, me tira do lugar-comum. E, mesmo na TV aberta, que não oferece tanta liberdade, eu tenho conseguido esses papéis", filosofa ele.

"O Camilo tem me feito olhar para algumas questões humanas importantes, e o Ivan faz isso também. Acho interessante você ganhar a confiança do público, criar uma empatia, e depois reverter tudo. Isso coloca o telespectador em um dilema que eu acho muito vivo, muito necessário. Porque o ser humano não é chapado, totalmente bom ou ruim, é preciso ter um apreço pela pessoa que erra", discursa o ator.

Rei do teatro

Apaixonado pelos palcos, Lee Taylor ganhou o Prêmio Shell de Teatro em 2006, logo em seu primeiro papel de destaque, no espetáculo A Pedra do Reino. Curiosamente, ele só estreou na Globo uma década depois, como o Martim de Velho Chico (2016).

"Eu recebi convites antes disso, mas achava que não era o momento. Os papéis que eu fazia no teatro eram muito mais interessantes para mim. Tive o privilégio de escolher a hora certa de migrar para o cinema, e depois para a TV", valoriza ele, que também esteve em Onde Nascem os Fortes (2018) e O Mecanismo, da Netflix.

Alternativo, ele ainda se assusta com a repercussão de tudo o que faz em cena como o Camilo de A Dona do Pedaço.

"Não assisto a novelas, não consigo ver nem a que eu estou fazendo agora, por conta do volume de trabalho. Mas é inacreditável o alcance que uma obra dessas tem, dar 40 pontos de audiência nos dias de hoje? Tem milhões de pessoas ligadas no seu trabalho ao mesmo tempo, é um absurdo."


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