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Atriz de Aruanas

Leandra Leal vira Lara Croft da Amazônia e puxa coro anti-Bolsonaro na CCXP

Fabiano Battaglin/Gshow

A atriz Leandra Leal falou na CCXP sobre Luiza, sua personagem na série Aruanas, do Globoplay - Fabiano Battaglin/Gshow

A atriz Leandra Leal falou na CCXP sobre Luiza, sua personagem na série Aruanas, do Globoplay

FERNANDA LOPES

Publicado em 7/12/2018 - 14h28

As atrizes Camila Pitanga, Débora Falabella, Taís Araújo e Leandra Leal participaram nesta sexta-feira (7) de um painel na CCXP (Comic-Con Experience) para divulgarem a série Aruanas, do Globoplay. Elas revelaram que Leandra ganhou um apelido durante as gravações: por viver uma ativista destemida, ela virou a Lara Croft da Amazônia, em referência à personagem de Tomb Raider. A atriz mostrou que é militante também na vida real, ao gritar uma frase que virou símbolo contra Jair Bolsonaro.

No término do evento, Leandra reuniu as amigas atrizes, o diretor artístico Carlos Manga Jr., o Manguinha, e os autores Estela Renner e Marcos Nisti no centro do palco. Eles deram as mãos, e Leandra bradou: "Ninguém solta a mão de ninguém!". Na hora, o público reconheceu e repetiu a frase, em coro. O lema foi muito compartilhado nas redes sociais, após a eleição de Jair Bolsonaro como presidente, por pessoas que se opõem às propostas dele.

Minutos depois, Leandra fez outra referência ao presidente eleito num papo com fãs no estande do Globoplay. Foi muito aplaudida. "A Luiza é a mais inconsequente, se coloca em risco. Todas elas se colocam. Ser ativista no Brasil é atividade de alto risco", falou. Bolsonaro declarou, em um discurso em 7 de outubro, que iria botar um ponto final em todo ativismo no Brasil. 

Em Aruanas, Leandra interpreta Luiza, uma das principais ativistas da ONG cujo nome dá título à série. Ao lado de Natalie (Débora Falabella) e Verônica (Taís Araújo), ela luta pela preservação da Amazônia, da fauna e flora da floresta. 

Durante as gravações, Leandra disse que não utilizou dublês e se jogou mesmo nas cenas mais perigosas. Sua personagem corre risco de morte ao se disfarçar e se infiltrar em um grupo de garimpeiros. Também nada em um rio com jacarés, por exemplo (mas a atriz confessou que os animais serão adicionados na pós-produção, como efeitos especiais; ela apenas nadou livremente).

"[As protagonistas] Correm risco de vida, o Brasil é o pais que mais mata ativistas. E, como mulheres, o risco é redobrado. É um trabalho de paixão, de urgência, de lutar pelo ideal com empatia, solidariedade. É o cruzamento da minha missão na vida, de arte e ativismo", discursou ela. 

As atrizes destacaram que o foco da série é, de fato, o trabalho dessas mulheres, mais do que na vida pessoal ou em romances. A série tem a intenção de deixar em evidência a força das ativistas, que começa pelos bastidores. 

Aruanas (nome que significa "sentinela da natureza" em tupi-guarani) tem autora, diretora, oito assistentes de direção mulheres e equipe de áudio toda feminina, além da linha de frente de atrizes. 

"Toda vez que uma mulher dirige ou escreve algo, ela abre uma porta por onde passam outras mulheres. Às vezes falta para a gente coragem, referência", afirmou Leandra. As gravações de Aruanas têm previsão de serem finalizadas no próximo dia 22. A série ainda não tem data de estreia definida no Globoplay.

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