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ASTRO DA TV

Jim Parsons revela que descobriu ser ator ao interpretar uma mulher no teatro

Imagens: Reprodução/Netflix

Sentado em um restaurante, Jim Parsons aparece de terno e com aparência séria no drama Hollywood, da Netflix

Jim Parsons na minissérie Hollywood, produção da Netflix em que interpreta um personagem da vida real

REDAÇÃO

Publicado em 28/5/2020 - 16h08

Com quatro Emmys em casa, Jim Parsons definitivamente deixou seu nerd genial Sheldon Cooper, de The Big Bang Theory (2007-2019), para trás ao viver um personagem completamente diferente no drama Hollywood, da Netflix. Essa conquista para o ator de 47 anos teve início de um modo inusitado, se vestindo de mulher no teatro universitário.

Em entrevista para o podcast The Big Ticket, da revista Variety, Parsons revelou que só descobriu ser ator após participar de peças do ícone drag Charles Busch, na faculdade. "O poder e o amor [pela atuação] que senti dentro de mim só veio usando saia, peruca e enchimento no sutiã. Sem isso, não encontraria essa paixão", falou.

Parsons tem um bacharelado em Artes pela Universidade de Houston e um mestrado também em Artes, com especialidade em atuação, pela Universidade de San Diego. Após pegar esse diploma, em 2001, o jovem de 28 anos cruzou os Estados Unidos para tentar a sorte em Nova York, a meca do teatro.

Até conseguir seu espaço, ele pagou muito mico em um período de seis anos. Em 2007, Parsons ganhou o papel de Sheldon em The Big Bang Theory, o alçando à fama em Hollywood. Mas somente em 2011 ele estrearia na Broadway, o principal palco do teatro americano, na peça The Normal Heart.

Nessa época, Parsons não tinha assumido a homossexualidade publicamente. O que fez em 2012, em um artigo para o jornal The New York Times. Ele ainda atuava como Tommy Boatwright, ativista gay na luta conta a Aids na peça seminal, adaptada para a TV pela HBO em um telefilme lançado em 2014, com Parsons interpretando Tommy novamente --ele foi indicado ao Emmy.

Na minissérie Hollywood, Parsons vive outro personagem homossexual. O agente Henry Wilson (1911-1978) é um dos dois protagonistas do drama de Ryan Murphy que existiram de verdade. Wilson era manipulador e obscuro. Tinha relações sexuais com clientes e carregava sobre si uma áurea de vilão. Para Parsons, interpretá-lo foi libertador, um acontecimento único.

"Alguma coisa daquela maquiagem e cabelo me marcou", comentou o ator no podcast. "[Wilson] tinha características suficientes para eu dizer que havia uma liberdade com ele, especialmente com algumas coisas que o agente fazia e falava". Parsons aproveitou para detalhar porque acha esse personagem tão especial.

"Não há apenas uma aspecto repudiável e vil em algumas coisas que falou e disse, mas existe também uma sensação real de poder e vontade de tomar controle da situação que eu normalmente não sinto, como um ser humano". Ele ressaltou que os truques para atuar como Wilson, de lente de contato a maquiagem, o fizeram se soltar. "Caso contrário, não sei se conseguiria", sentenciou.

E olha que ele se soltou mesmo. No terceiro episódio, por exemplo, Parsons se vestiu de dançarina em cena na qual Wilson estava tentando seduzir um rapaz. O ator fez uma dança desengonçada de propósito.

"Para mim, foi mais engraçado do que imaginava", admitiu. "Eu senti um pouco de receio assim que vi no roteiro que teria de dançar. Não pelo ato em sim, mas porque Wilson não tinha essa habilidade toda, então a dança não poderia ser boa".

Após Hollywood, Parsons está trabalhando na pós-produção do filme The Boys in the Band, para a Netflix, adaptação de uma peça homônima que ele também estrelou. O ator está ainda na produção-executiva da nova comédia Call Me Kat (da rede Fox), com a atriz Mayim Bialik (a Amy de Big Bang Theory) como protagonista.

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