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ESTREIA NO GLOBOPLAY

Igual, mas diferente: O que a série Nancy Drew fez para não ser cópia de Riverdale

Imagens: Divulgação/The CW

A atriz Kennedy McMann veste roupa de garçonete e faz cara de atônita na série Nancy Drew

Kennedy McMann na série teen Nancy Drew; atração do Globoplay parece Riverdale, mas é diferente

JOÃO DA PAZ

Publicado em 22/5/2020 - 5h15

Adolescentes belos, moradores de uma cidade pequena e misteriosa, envolvidos em um crime. Parece a premissa de Riverdale, mas se trata de Nancy Drew, série que estreia no Globoplay nesta sexta-feira (22). Há semelhanças com a atração famosa, mas os produtores do novo drama teen agiram cirurgicamente para evitar a confusão.

Para não ser uma cópia de Riverdale (Netflix), Nancy Drew injetou um apelo sexual mais forte, e tenta manter os personagens com os pés na realidade, apesar da pegada sobrenatural. As diferenças foram necessárias porque Nancy Drew entra no ar logo depois de Riverdale na rede The CW, nos Estados Unidos. O público precisava perceber que uma atração não estava ligada à outra.

Os criadores Josh Schwartz, Stephanie Savage e Noga Landau, que adaptaram para a TV as histórias clássicas da detetive adolescente, também tiveram de fazer uma mudança drástica com o nome da cidade onde a trama original é ambientada.

Nos livros, a jovem resolve crimes em River Heights, lugar localizado no meio-oeste Americano, no Estado de Illinois. Por ter um nome parecido com Riverdale, a série mudou de local: se passa em Horseshoe Bay, fictícia baía no Estado de Maine, nordeste dos EUA. Mas, na verdade, a série é gravada em Vancouver, Canadá.

A ambientação é importante para dar aquela diferenciada de Riverdale, por mais que haja aspectos estéticos semelhantes. Um ponto em que Nancy Drew se descola da atração baseada nos personagens da Archie Comics é a inserção do sexo logo de cara, o que Riverdale só fez aos poucos. Isso para mostrar ao telespectador que a Nancy Drew da TV é muito mais madura do que a apresentada na literatura.

Já no primeiro episódio, a jovem detetive vivida por Kennedy McMann faz sexo com o namorado Nick (Tunji Kasim), daquele de tremer a parede com o remelexo da cama. A atriz, a sétima a viver Nancy Drew (seja no cinema ou na TV), aparece de sutiã, reforçando esse apelo lascivo.

Kennedy McMann em Nancy Drew; série moderniza a personagem da literatura americana


Sobrenatural e realidade

A vida de Nancy Drew vira de cabeça para baixo em um estalar de dedos. Ela caminhava sem dificuldades para o mundo universitário assim que terminasse o ensino médio, com uma vida promissora pela frente, deixando de lado as aventuras como detetive, com a qual ajudava até os policiais locais.

Mas a mãe dela morreu de câncer e Nancy teve de mudar tudo. Optou por não embarcar no ensino superior, trocando os livros acadêmicos por um trabalho de garçonete em um restaurante especializado em frutos do mar.

Uma lenda assombra a cidade de Horseshoe Bay, com suas ruas vazias e moradores que fazem rituais de adivinhação, sobre quem será o próximo a morrer. Há 19 anos, uma jovem chamada Lucy Sable foi assassinada, em um caso sem solução. Por isso, o fantasma da jovem perambula pelos quatro cantos.

Nancy vai se deparar com segredos da própria família que podem levá-la à solução do crime. É como se a Lucy fantasma guiasse a detetive nessa missão.

O sobrenatural não está muito presente nos livros de Nancy Drew, mas até existem histórias nesse gênero, voltadas mais ao tipo Scooby-Doo, sempre com algo racional e humano que explica a paranormalidade. O que não necessariamente é o caso da série. O sobrenatural não faz parte de Riverdale --para isso, existe a série O Mundo Sombrio de Sabrina (Netflix), baseada em outros personagens da Archie Comics e que traz referências à cidade de Archie e sua turma.

Pelo passado de Nancy Drew e por sua nova rotina, a série é mais centrada na realidade do que Riverdale, o que fez Josh Schwartz, em entrevista ao site International Business Times, dizer que sua criação "é muito, mas muito diferente [de Riverdale], em termos de nuances [temáticas] e com os pés mais no chão".

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