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TV DOS EUA

Entenda por que crise do coronavírus deve aumentar o número de séries renovadas

Divulgação/NBC

Com óculos na mão direita, o ator Josh Dallas tem um semblante pensativo em cena da segunda temporada de Manifest

Josh Dallas na segunda temporada de Manifest; drama exibido pela Globo no Brasil ainda não foi renovado

JOÃO DA PAZ

Publicado em 24/4/2020 - 5h08

Como qualquer outro setor da economia mundial, a indústria de entretenimento americana busca soluções para sair da atual crise causada pelo novo coronavírus (Covid-19) com o menor dano possível. A adversidade inédita leva as TVs abertas dos Estados Unidos a repensarem o negócio das séries e renovarem mais atrações neste ano do que nos anteriores.

Para os executivos das redes ABC, CBS, Fox, NBC e The CW, o final do mês de abril tradicionalmente é dedicado a estudar a programação da fall season (de setembro a novembro), principal período de lançamentos de séries novatas e das novas temporadas de atrações veteranas.

Entram no debate os potenciais de atrações que eles podem estrear e também daquelas há muito tempo no ar. Porém, com Hollywood paralisada desde meados de março, o cenário padrão está envelopado pelo caos.

Tudo porque a interrupção dos trabalhos ocorreu justamente na época em que os pilotos (primeiros episódios) de novas séries seriam gravados para avaliação. Sem saber quando esses projetos ganharão vida, as redes devem repensar cancelamentos de séries que vão mal de audiência, tudo para ter a certeza de contar com atrações suficientes para montar a programação nos próximos meses.

O detalhe é que essas séries capengas devem sobreviver apenas pela falta de opção. Pois, se forem canceladas, as TVs não vão ter o que colocar no lugar.

Com zero piloto para julgar, não há nenhum material novo para colocar na balança e ver o que vale mais, uma série veterana ou uma inédita.

No ano passado, a ABC fez isso com Whiskey Cavalier (da Lauren Cohan) e Stumptown (da Cobie Smulders). A primeira foi cancelada após uma única temporada e cedeu seu espaço na programação para a série da ex-How I Met Your Mother (2005-2014). Em um quadro como o atual, talvez o drama de espionagem fosse renovado.

divulgação/ABC

David Giuntoli em imagem da 2ª temporada de A Million Little Things; série aguarda renovação


Renovação ou cancelamento?

O clima caótico deixa os fãs ansiosos para saber se sua série favorita vai escapar do cancelamento e não ser mais uma vítima do coronavírus. Há ainda muitas atrações relevantes que estão com seu status indefinido.

Duas especificamente, A Million Little Things (ABC) e Manifest (NBC), ambas disponíveis no Globoplay, devem receber a encomenda da terceira temporada.

Já séries como The Resident (Fox Life), da rede Fox; Seal Team (Globoplay), da CBS; e The Rookie (Universal TV), da NBC, têm tudo para escapar do cancelamento pelo peso de seus elencos renomados, que podem fazer os executivos apostarem em uma nova temporada mesmo com uma audiência baixa. Apesar de ruim, ainda é uma opção melhor do que arriscar com um produto novo sem público cativo.

Por outro lado, existem atrações que correm riscos independentemente do novo coronavírus. Uma delas é Good Girls (da NBC), que sempre escapa por um fio, em parte pelo grande público que atinge ao entrar na Netflix. A rede do pavão investiu em uma publicidade inédita com o streaming, jogada para atrair os assinantes do serviço. Porém, os americanos continuam ignorando a série na TV, onde é menos vista até do que animações da Fox, como Family Guy e Bob's Burgers.

Na ABC desde 2014, a comédia Blackish (Sony Channel) está esgotada e perto do fim, porém a rede ainda não decidiu o que fazer com ela. Tudo caminha para que a série receba a encomenda da sétima e última temporada, com a possibilidade de apresentar aos fãs um final digno, sem um término abrupto.

Série que só é mais vista nos EUA do que Dynasty (Netflix), Katy Keene (HBO) apenas sobreviverá se a rede The CW não mudar a sua política de renovar todas as séries de sua programação. O filhote de Riverdale não conseguiu empolgar como a série mãe.

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