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A GAROTA DA MOTO

Atriz dispensa dublê e até voa na pele de motogirl que vira super-heroína do povão

João Raposo/SBT

A atriz Christiana Ubach interpreta Joana, protagonista poderosa de A Garota da Moto, do SBT - João Raposo/SBT

A atriz Christiana Ubach interpreta Joana, protagonista poderosa de A Garota da Moto, do SBT

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 4/3/2019 - 6h05

Fora do ar desde agosto de 2016, A Garota da Moto volta ao ar nesta quarta-feira (6) abraçando de vez o seu lado de aventura. Joana, a motogirl que bate de frente com qualquer adversário que surge em seu caminho, vai bancar a "super-heroína do povão" e chegará a voar nos novos episódios. E sua intérprete, Christiana Ubach, dispensou a dublê e se jogou nos treinos de luta para fazer bonito nas cenas da série do SBT.

"Fazer as sequências de luta e de ação não é algo que eu necessariamente gosto, mas acho que tira um pouco da credibilidade se você coloca uma dublê no lugar, sabe? Eu sei que tem ator que gosta, mas não era um desejo meu. Eu nunca quis isso para minha vida (risos), mas acabou acontecendo", conta Christiana.

Na primeira temporada, Joana não fugia de nenhuma briga, e as lutas vão se intensificar nos novos episódios. É que o público da série comprou a ideia dessa mulher guerreira, que enfrenta qualquer ameaça, sem medo.

"Quando chegamos para fazer esse segundo ano, nós já tínhamos entendido o produto, o efeito disso nas pessoas. O que elas gostam, o que não gostam, o motivo de ter feito tanto sucesso. Então resolvemos assumir um pouco mais essa característica da ação. A Joana já fez tanta coisa mesmo, nós só investimos um pouco mais nesse lugar", explica a atriz de 31 anos.

Agora, a motogirl vai alçar voos mais altos. Literalmente. "Vamos combinar que ela não é um super-herói, mas dá uns golpes meio ninjas, porque ela começa a treinar com a Fang [Luana Tanaka], aprende luta oriental. É quase como se fosse [o filme] O Tigre e o Dragão [2001], que os personagens também não eram super-heróis, mas davam uns saltos impressionantes. É quase uma licença poética colocar a Joana para voar, entende?", adianta o produtor João Daniel Tikhomiroff.

A personagem, de fato, chega muito perto de ser uma personagem tirada das histórias em quadrinhos. Mas, para Christiana Ubach, ela é uma heroína por outros fatores também. "É uma mãe solteira, dirigindo todos os dias pelas ruas de São Paulo, tem que trabalhar, criar o filho... É uma mulher guerreira, como tantas outras brasileiras batalhadoras que existem por aí", valoriza.

"Então, eu tento fazer a Joana com o máximo de verdade possível. Para mim, ela existe, concretamente. Se você pensar nela como super-heroína, pode parecer forçado ela bater em três caras ao mesmo tempo. Eu penso o contrário: eu mataria três pessoas pelo meu filho, sem pensar duas vezes. Não é um exagero", continua.

Dificuldade para voltar ao papel e maturidade dos 30
Depois de passar quase três anos longe do universo de A Garota da Moto, Christiana admite que foi um pouco complicado reencontrar o tom de Joana na hora de gravar a segunda temporada.

"Eu penei um pouco na primeira semana. Mas acabou que eu não quis me guiar muito pela temporada anterior, porque o tempo passou na série também. Eu precisava encontrar uma nova Joana, como ela está hoje", define.

Assim, a atriz buscou um pouco da própria maturidade para acrescentar à personagem.

"Encontrei ela mais madura, com as minhas transformações também. Porque cruzar os 30 anos faz uma diferença grande (risos). Mas tem uma coisa do dia a dia que ajuda na hora da composição também. A vida da Joana é muito corrida, luta aqui, corre para lá, entrega isso, busca aquilo, foge de não sei quem, luta de novo... A própria urgência da personagem foi me moldando. Acho que penei no começo porque não tenho esse biorritmo, sou bem mais tranquila na minha vida. Mas depois que engatei, ficou mais fácil."

A maturidade de passar dos 30 anos também fez Christiana entender que Joana pode ser, mesmo sem querer, um ícone do feminismo nacional.

"Eu confesso que na primeira temporada não tinha me ligado disso, eu nem pensava em feminismo, o momento era outro. Quando comecei a dar entrevistas sobre a personagem é que caiu a ficha de que tem todo um discurso por trás. Agora, eu tenho o mais orgulho de representar esse universo feminino, da mãe solteira, guerreira."

A Garota da Moto é uma coprodução do SBT com a Mixer e vai ao ar de segunda a sexta, às 22h, a partir desta quarta. A segunda temporada conta com 26 episódios.


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