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Alvo de críticas implacáveis, Punho de Ferro é a pior série de heróis da Netflix

Fotos: Divulgação/Netflix

O ator Finn Jones, ex-Game of Thrones, em cena da primeira temporada de Punho de Ferro - Fotos: Divulgação/Netflix

O ator Finn Jones, ex-Game of Thrones, em cena da primeira temporada de Punho de Ferro

JOÃO DA PAZ

Publicado em 17/3/2017 - 6h15

A Netflix lança sua quarta série de herói sob uma enxurrada de críticas nunca antes vista. Os 13 episódios de Punho de Ferro, que estreiam nesta sexta (17), receberam avaliações negativas da mídia norte-americana. A trama espalhafatosa, com cenas de lutas vergonhosas e um protagonista sem graça (Finn Jones), foi rotulada de "tediosa" e "decepcionante".

Nenhuma outra série de herói da parceira Netflix/Marvel estreou com um sinal vermelho desse tamanho. O site Metacritic, que compila as análises dos principais veículos de entretenimento dos Estados Unidos, deu para Punho de ferro nota 35 numa escala de 0 a 100. A atração mais bem avaliada do pacote foi Jessica Jones (2015), com 81. Luke Cage (2016) ganhou a nota 79, e a primeira temporada de Demolidor (2015) ficou com 75.

A história de Punho de Ferro tem pouco apelo. Um avião com um menino de dez anos, filho de um empresário bilionário de Nova York, cai na região do Himalaia. Os pais do garoto morrem no acidente; ele sobrevive e é criado por monges em uma cidade mísitica chamada K'un-Lun, localizada em uma outra dimensão que se abre em um portal. Lá, passa 15 anos treinando kung fu. Ao atingir o nível máximo de habilidade, se transforma no Punho de Ferro e volta para Nova York.

Lutas coreografadas de Jones (esq.) são vergonhosas

Os quatro primeiros episódios da série são arrastados, com foco no retorno aos Estados Unidos de um rapaz tido como morto. Danny Rand (Finn Jones) tenta convencer colegas de infância, os atuais administradores da empresa do pai, a Rand Enterprises, de que ele é de fato Danny Rand e conseguiu sobreviver ao acidente de avião, diferentemente do que todo mundo pensa.

A frase "Eu sou Danny Rand", dita exaustivamente pelo personagem, cansa o ouvido do telespectador.

Só a partir do quinto episódio é possível entender a importância do herói. É o momento no qual fica mais claro o direcionamento da história, que tem conexão com aspectos apresentados nas primeiras temporadas de Demolidor.

A organização criminosa que Danny Rand combate, que usa empreendimentos da Rand Enterprises no tráfico de drogas, é o Tentáculo. A chefona do grupo de ninjas mercenários, Madame Gao (Wai Ching Ho), é a mesma que apareceu em Demolidor.

O público também terá melhor percepção da série com a entrada da enfermeira Claire Temple (Rosario Dawson). Presente nas outras três séries de heróis da Netflix, a carismática personagem dá um respiro para a trama de Punho de Ferro.

Mas só terá essa percepção quem acompanhou as outras três produções, pois a nova série faz várias referências a fatos ocorridos no universo Marvel da Netflix. Claire deverá ser a conexão dos quatro heróis na minissérie Os Defensores, programada para o próximo semestre.

Punho de Ferro traz outra personagem que fez aparições em Jessica Jones e Demolidor: a advogada Jeri Hogarth (Carrie-Anne Moss, de Matrix). Na série, Danny conhece Jeri desde pequeno, já que a advogada conseguiu seu primeiro emprego na empresa do pai dele.

Os atores Tom Pelphrey (à esq.), Finn Jones e Jessica Stroup em imagem de Punho de Ferro

Polêmica vazia
Na semana passada, Finn Jones (o Loras Tyrell de Game of Thrones) discutiu com internautas sobre a etnia de seu personagem _ele chegou a excluir sua conta no Twitter, mas voltou atrás.

Foi criada uma pressão para Danny Rand ser asiático, pelo simples fato de ele ser especialista em artes marciais. Quem fazia esse pedido dizia que a Netflix estaria reforçando um estereótipo ao escalar um homem branco para ser um mestre em lutas, fato visto com frequência em produções hollywoodianas.

Mas há um detalhe: o personagem sempre foi loiro e branco nas histórias em quadrinhos da Marvel _sua primeira aparição foi em 1974. As características de Danny Rand se justificam: ele é filho de um empresário norte-americano.

Em entrevista ao site Vulture, Jones demonstrou frustração com as críticas e ressaltou que o personagem foi desenvolvido "em uma época bem diferente da de hoje". Para ele, quando o grande público assistir à série, o passado de Danny será compreendido, "e toda essa conversa [polêmica] será encerrada".


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