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NOVELA OUSADA

De incesto a ninfomania: Cinco tramas de Tieta que ainda chocam público brasileiro

Divulgação/TV Globo

A atriz Betty Faria caracterizada como Tieta, olhando para câmera, de vestido vermelho e colar dourado

A atriz Betty Faria caracterizada como Tieta, sua personagem exuberante na novela homônima

REDAÇÃO

Publicado em 8/6/2020 - 4h55

A novela Tieta (1989) voltará a ficar em evidência a partir desta segunda (8), quando entra para o catálogo do Globoplay. O folhetim foi exibido originalmente em 1989, em meio ao processo de redemocratização do Brasil e numa época de costumes bastante liberais. Algumas tramas de Tieta contrastam bastante com o conservadorismo e com o politicamente correto, ambos conceitos em alta atualmente.

Na primeira fase da história, a protagonista Tieta (Claudia Ohana/Betty Faria) é uma mulher muito liberal e sedutora, que inspira inveja em alguns moradores da pequena cidade de Santana do Agreste. Inclusive em sua irmã, a beata Perpétua (Joana Fomm). Tieta é humilhada e escorraçada da cidade, mas retorna cerca de 20 anos depois como uma mulher exuberante e muito rica.

A partir daí, conflitos começam a acontecer. A protagonista seduz seu sobrinho, um seminarista. A novela ainda tem um senhor pedófilo e uma mulher ninfomaníaca, além de uma abertura bem sensual.

Relembre cinco motivos pelos quais, ainda hoje, Tieta é capaz de chocar a sociedade:

reprodução/Globo

O seminarista Ricardo (Cássio Gabus Mendes) foi seduzido pela tia, Tieta (Betty Faria)

Incesto

Tieta voltou a Santana do Agreste decidida a se vingar de todos que lhe fizeram ou lhe desejaram mal. Um de seus alvos era a irmã Perpétua. Para atingi-la, a protagonista começou a seduzir Ricardo, filho da megera, que por influência da mãe estava estudando para se tornar padre.

A relação entre tia e sobrinho demorou a ser aceita pelo público e rendeu problemas para a Globo com a Igreja Católica, que recriminou a exibição de um caso incestuoso envolvendo um seminarista.

reprodução/Globo

A "Mulher de Branco" era uma assombração bastante real, que atacava homens em Tieta

Ninfomania

Em noites de lua cheia, uma figura feminina saía pela cidade e atacava homens "indefesos". Era conhecida como a assombrosa "Mulher de Branco". No final da novela, sua identidade foi revelada: se tratava de Laura (Claudia Alencar), mulher do comandante Dário (Flávio Galvão). Fogosa demais, a personagem era ninfomaníaca e não se satisfazia apenas com o marido (que também tinha uma amante), por isso o traía com diversos homens na cidade.

reprodução/Globo

Artur de Tapitanga (Ary Fontoura) mantinha várias meninas menores de idade em sua casa

Pedofilia

Na época, o caso do coronel Artur de Tapitanga (Ary Fontoura) não causou estranhamento ou indignação no público, mas certamente não passaria ileso hoje. O personagem já tinha idade avançada, mas adorava ficar com jovenzinhas, a quem chamava de "rolinhas". Ele seduzia garotas menores de idade e as levava para sua casa, onde oferecia também alimentação e alfabetização. Só uma garota se recusou a ceder favores sexuais ao senhor.

reprodução/Globo

Perpétua (Joana Fomm) guardava segredo em caixa; personagem era reprimida sexualmente

Machismo escancarado

Embaixadora da moral e dos bons costumes, Perpétua vigiava de perto a vida sexual dos moradores da fictícia Santana do Agreste. As mulheres eram o seu principal alvo em cenas de machismo escancarado. Além da irmã Tieta, as suas pupilas Amorzinho (Lilia Cabral) e Cinira (Rosane Gofman) eram humilhadas em extensos sermões da falsa beata.

Reprimida sexualmente, a personagem de Lilia Cabral era a que mais sofria nas mãos da religiosa. Em uma das humilhações mais pesadas, que causariam controvérsia nos dias atuais, a megera solta os cachorros para cima da jovem em uma série de impropérios misóginos. "Você é burra demais, idiota demais, estúpida, imoral, devassa, libertina, você é quenga", dispara ela.

reprodução/Globo

A modelo Isadora Ribeiro aparecia com os seios expostos na abertura da novela Tieta

Nudez na abertura

Todos os dias, por volta de 20h, a Globo mostrava vários ângulos de uma mulher nua. A vinheta de abertura de Tieta misturava imagens de praias em Sergipe com o corpo nu da modelo Isadora Ribeiro. O único "disfarce" era a luz baixa, mas os seios dela apareciam sem pudor algum.


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