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CAMILA MÁRDILA

Atriz de Amor de Mãe revela perrengues para pagar as contas mesmo na TV

VICTOR POLLAK/TV GLOBO

A atriz Camila Márdila caracterizada como a personagem Camila em cena de Amor de Mãe, ela manipula uma agenda em suas mãos

Premiada no cinema, a atriz faz sua estreia no horário nobre como a idealista Amanda na novela das nove

DANIEL FARAD, no Rio de Janeiro

Publicado em 27/11/2019 - 5h26

Aos 31 anos, Camila Márdila faz sua estreia horário nobre em Amor de Mãe e conta que, mesmo trabalhando na TV, ainda é difícil viver de arte no Brasil. Revelada e premiada no cinema, ela só começou a investir na televisão em 2016 e confessa que até hoje precisa de jogo de cintura para se manter com a carreira de atriz.

"Com a TV, a gente tem um pouco a oportunidade de pagar as contas direitinho durante um tempo, mas tem lá os seus altos e baixos. Há períodos em que você consegue fazer algo e outros que não. A novela [Amor de Mãe], por exemplo, uma hora não ia acontecer, mudou de data. Isso fez com que eu ficasse com a lacuna de seis meses sem trabalhar", explica ela ao Notícias da TV.

Enquanto esperava pela trama de Manuela Dias, que perdeu vaga na Globo para A Dona do Pedaço, a artista se dedicou aos espetáculos teatrais de seu coletivo, o Areas, ao lado das colegas Liliane Rovaris, Maria Sílvia Siqueira Campos e Miwa Yanagizawa. "A gente se produz, atua, dirige, é uma coisa meio faz-tudo. Acaba que mais gasta dinheiro do que ganha, então fica ali tampando buraco", afirma.

Ela lamenta que a desvalorização do setor artístico no país obrigue tantos amigos a viverem na corda bamba para conseguirem se bancar na profissão. "A maioria se sustenta com a televisão. Muitos vivem de cinema também, mas é um perrengue grande. O teatro nem se fala, cada vez mais massacrado", pontua Camila. 

ESTEVAM AVELLAR/TV GLOBO

Amor de Mãe é o segundo trabalho da atriz com a dupla Manuela Dias e José Luiz Villamarim


Extraterrestre

Desde que decidiu seguir sua vocação, aos 11 anos, Camila sempre soube que seus caminhos não seriam fáceis, especialmente por vir de uma família humilde de Brasília (DF). "Fico admirada da coragem dos meus pais de terem me apoiado em uma coisa tão fora do mundo deles, porque ficaram desesperados pensando como a filha iria sobreviver", rememora.

Ela lembra que, sem dinheiro para se deslocar para o eixo Rio-São Paulo para fazer testes, se dedicava à publicidade, mesmo sem conseguir emplacar muitos trabalhos. "Minha mãe [a dona de casa Maria dos Remédios] ficava muito triste, sem conseguir entender e me perguntava como eu levava tanto 'não' na cara e ficava bem, conseguia continuar", destaca a artista.

A sua primeira grande chance aconteceu com o filme Que Horas Ela Volta? (2015), em que ganhou um prêmio especial por sua atuação no Festival de Sundance, nos Estados Unidos. "Lembro que depois de todo esse burburinho, estava sentada ao lado do meu pai [o bancário Moisés Evangelista] e ele me perguntou se tinha desistido mesmo de fazer a faculdade de Direito", conta ela, aos risos.

Ela diz que só expressou vontade de ser advogada uma vez, ainda na infância, mas que sempre entendeu a preocupação dos pais por ser a primeira artista da família. "Acho até natural essa dificuldade de entender mesmo o meu ofício, porque é um mundo muito extraterrestre para eles", pondera Camila.

Concurso público

Apesar do todo o suporte familiar desde o início da carreira, a atriz conta que os pais só se sentiram mais tranquilos ao vê-la em Justiça (2016), seu primeiro trabalho na Globo. "Todo ano fui fazendo algum projeto de televisão, e isso já dá uma calmaria para eles, que ali em Brasília falavam para eu fazer um concurso público para conseguir viver", entrega.

ESTEVAM AVELLAR/TV GLOBO

A artista interpretou Regina em Justiça (2016): produção foi indicada ao Emmy Internacional

Camila confidencia que, apesar de não ter seguido os conselhos familiares, a mãe não conseguiu esconder a contentamento ao descobrir que a filha tinha sido escalada para a primeira novela das nove. "Sinto que ela tentou abafar um pouco a felicidade para não ficar coruja demais, mas achei lindo", derrete-se.

Além de toda a ligação afetiva dos brasileiros com os folhetins, ela explica que estar em uma produção do gênero também é uma espécie de reconhecimento para o esforço de seus pais, já que apresenta seu trabalho a um público maior.

"Eles foram muito julgados por bancarem essa minha loucura. Tanto a família, que é grande, quanto as pessoas em volta que não acreditaram que seria possível", opina a atriz.

Ela, por outro lado, também se sente especialmente realizada por estrear justamente em uma história que aborda esse amor incondicional que seus pais demonstraram desde que ela manifestou ter vocação para a carreira artística. "Fico feliz que minha primeira novela [das nove] tenha o tema da maternidade, até porque muito do que eu conquistei na minha vida eu devo à minha mãe", arremata Camila.


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